Kaiwá — Pai-tavyterã

David J. Phillips

Autodenominação: tavyterã ou paĩ- tavyterã significa ‘habitantes da verdadeira terra futura’. paĩ refere aos deuses do paraíso (Almeida 2003). Os Guarani em geral usam avá que significa ‘pessoa’.

Os Kaiwá são um dos quatro povos Guarani na área de Mato Grosso do Sul, o Paraguai e a Argentina: Os Kaiwá ou Pai Tavytera, os Mbya, os Guarani Nhandeva (Avã Guarani) e os Ache-Guayaki. O termo nandeva é usado por todos os Guarani que também significa ‘nós’, mas é a única autodenominação usada pelos que falam o dialeto que Nimuendaju denominou Apapukuva (os Guarani Mbya) (Ladeira 2003 ‘mbya’). Entretanto um subgrupo dos Kaiwá fala o dialeto Apapucuva (Bridgeman 1966.73).

Outros Nomes: Guarani-Kaiwá Koyová, Caingua, Caiua, Caiwa, Cayua, Kaivova, Tembekuá, Tetüi. Kaiowa é derivado de ka’ao gua, que refere aos Kaiwá como ‘os que pertencem à floresta. São conhecidos como Guarani-kaiowa na literatura antropológica brasileira. São também chamados tembekuára (orifício labial) por seu costume de perfurar o lábio inferior dos homens jovens aonde se insere um pequeno bodoque de resina durante a cerimônia de iniciação (Almeida 2003).

População: 10.000 (Taylor 1981), 18.000 No Brasil, 510 na Argentina (2003 ISA). 32.000 (DAI/AMTB 2010), 7.000 (Bridgeman em 1966). Estimativa 30.000 a 33.000 (Wise et al 2008.73). Um dos povos Guarani de 46.000 em sete estados brasileiros e também vivem no Paraguai, na Bolívia e na Argentina. No Brasil são divididos em Kaiwá (Kaiowá), Nandeva e M’byá.

Localização: Na área de Dourados, há 11 aldeias entre Ponto Porã e Guará, Mato Grosso do Sul, Brasil (Taylor 1981). Seu território fica em 25 Terras Indígenas (Almeida 2003) e está entre os rios Apa, Dorados e Ivinhema ao norte e a serra de Mbarakaju e a cordilheira do Amambai ao sul, com os Terena ao norte e os Guarani Mbya e Nandeva ao sul. Também 512 na Argentina (SIL).

Por exemplo:

Reserva Indígena Dourados, MS, reservada no SPU e registrada no CPI de apenas 3.475 ha com uma população total 11.880 Guarani Kaiwá e Ñandeva e Terena (FUNASA 2008).

T. I. Amambai, MS, de 2.429 ha homologada e registrada no CRI e no SPU com 7.106 Guarani Kaiwá e Ñandeva (FUNASA 2008).

T. I. Takuaraty/Yvykuarusu, MS, homologada de 2.609 ha e 360 Kaiwá (FUNAI 2004).

T. I. Sete Cerros, MS, homologada de 8.584 ha e com 483 Guarani Kaiwá e Ñandeva (FUNAI 2010).

T. I. Jarara, MS, homologada de 479 ha com 260 Guarani Kaiwá e Ñandeva (FUNAI 2004).

T. I. Bacia Dourados-Amambaipequá, MS, em identificação na beira da rodovia BR-060, 40 km ao sul de Campo Grande, com uma população de Guarani Kaiwá e Ñandeva.

T. I. Taquara, MS, de 9.700 ha declarada mas suspensa parcialmente pelo liminar da justiça com uma população de 537 (FUNASA 2010).

T. I. Panambizinho, MS, de 1.272 ha homologada e registrada no CRI e SPU com 333 Kwaiwá (FUNASA 2010).

Língua: Gaurani-Kaiwá, da família Tupi, subgrupo Guarani. 15.000 falantes (SIL). 7.000 falantes (Bridgeman 1966). Dialetos: Teüi, Tembekuá, Kaiwá.(SIL). Alfabetismo na sua língua: 5%–10%, em Português 15%–25%. Tradução do Novo Testamento completo em 1986. Alguma compreensão de Guarani Paraguaia (SIL).

História: Os Kaiwá têm sua origem como descendentes dos proto Guarani que viviam no interior da região sul do Brasil e na bacia do rio Paraguai no Século IV antes de Cristo. Os Guarani eram um dos povos indígenas que tiveram primeiro contato com os europeias e seu território tornou-se uma área de conflito entre os espanhóis procurando um eldorado no Paraguai e os Bandeirantes paulistas que avançaram para dentro do continente a busca do ouro e pastos para gado. Os espanhóis convidaram os jesuítas para converter os índios para suprir mão de obra nas suas encomiendas. Os jesuítas resistiram a escravidão dos índios, mas os Paulistas, provocados pelo avanço dos espanhóis, organizaram as bandeiras e levaram milhares de escravos para o nordeste e São Paulo (Almeida 2003). Porém os ancestrais dos Kaiwá não eram reduzidos e os sobreviventes dos Guarani que eram conversos dos jesuítas no Paraguai moravam no sul do Mato Grosso (Hemming 1995.428).

Os Kadiwéu, ‘os índios cavaleiros’, guerrearam contra os Paraguaianos e os Portugueses na fronteira nos campos do sul de Mato Grosso, e atacaram os Kaiwá para ganhar escravos. Os Terena também capturaram escravos dos Kaiwá (Hemming 1995.419, 421). Em 1830 um grupo de Kaiwá, para evitar mais perdas, migraram para o leste, travessando o rio Paraná e recuaram nas florestas na margem esquerda do rio Paranapanema. Em 1844 alguns destes Kaiwá apareceram na fazenda do Silva Machado que os recebeu bem e organizou a missão São João Batista para cuidar deles. Machado organizou três expedições nos anos seguintes para contatar mais dos Kaiwá, com sucesso e 600 formaram uma aldeia, São Pedro de Alcântara (Hemming 1995.428-431). Em 1860, 500 Kaingáng mudaram também para a aldeia (ibid 440).

A maioria dos Kaiwá morava longe da fronteira colonial ao oeste do rio Paraná e o primeiro contato com os Brasileiros foi no rio Iguatemi, atualmente no sul do Mato Grosso do Sul, no fim do século XIX, quando migraram para Dourados. O SPI tentou montar assentimentos para integrar os indígenas na sociedade nacional, mas sem sucesso (Almeida 2003). Em 1910 o SPI mudou alguns Terena para Dourados, que se assimilaram e prosperaram mais que os Kaiwá, e por 1950 os Kaiwá tinham recebido pouco do Serviço e sofreram discriminação dos brancos (Hemming 2003.453). A Missão Evangélica Caiuá, foi criada em 1928, por Albert Maxwell, pastor presbiteriano norte-americano, que dedicou atenção especial aos Kaiwá da região de Dourados (IPB 2011). Os Kaiwá esqueceram-se da sua cultura e sua coesão social pela influencia de trabalhar nas fazendas, e isso tem criado um individualismo e a construção de casas de família nucleares. Alem disso o povo sofreram de tuberculose e alcoolismo (Hemming 2003.453).

Em 1943 Getúlio Vargas decretou a Colônia Nacional de Dorados (CAND) iniciando a ‘Marcha para o Oeste’ procurando novas terras para aumentar a produção de alimentos para sustentar o surto nacional em produção industrial durante a Segunda Guerra Mundial. O resultado era a instalação de muitos colonos nas terras dos Kaiwá.

Os Kaiwá foram um dos primeiros povos para receber o trabalho dos linguistas da SIL em 1958 (Hemming 2003.263). Os Kaiwá aprenderam a agricultura dos missionários evangélicos, mas tiveram conflito e ciume dos Terena na T. I. Dourados, porque tiveram mais sucesso no comércio dos produtos (Hemming 2003.454). Em 1963 a Missão Evangélica Caiuá inaugurou em Dorados o Hospital e Maternidade Indígena Porta da Esperança com 50 leitos, para atender exclusivamente e gratuitamente a população indígena. Em 1978 foi acrescentada a Unidade de tratamento de Tuberculose com mais 50 leitos. O serviço médico da hospital foi bom e apoiado pela FUNAI e em convênio da FUNASA (IPB 2011). Durante 1998 um estudo de pacientes tratados por tuberculose achou que aqueles não hospitalizados por seis meses e voltaram cedo para suas aldeias foram curados melhor.

Houve uma chamada ‘epidemiade suicídio’de 52 casos de jovens, entre entre 1987 e 1991, a maioria sendo jovens com 12 a 20 anos. Entre 1980 e 1995 houve 320 suicídios, documentados pelo ISA (Hemming 2003.547). Os motivos por isso são diversos. Um artigo por Tony Emerson (‘A tribe turns to Suicide’, Newsweek 19 Aug. 1991) citou a pressão de população e a terra não aquedada para sustentá-la, suprindo lugar suficiente para as atividades tradicionais de roçar e caçar. O conceito Kaiwá de tekoha, uma família no seu território suficiente para sustentar sua vida tradicional, contribui ao desespero porque todas as aldeias estão cercados por cidades e fazendas. Enquanto os Terena adotaram a cultura branca, os Kaiwá voltaram para um misticismo com ‘rezadores’ e Almeida cita como uma contribuição a escatologia mista de elementos Kaiwá e Cristã de uma ‘terra sem mal’, pois os jovens que suicidaram não mostraram sinais psicológicos comuns (Hemming 2003.455).

Marçal de Souza, um líder efetivo dos Kaiwá que tinha falado à UNO e ao Papa sobre às dificuldades dos indígenas, foi assinado em 1983. Em 1985 os Kaiwá juntaram se com os Terena e os Kadiwéu para ‘preparar guerra contra os brancos’, contra os muitos posseiros e contratos ilegais fornecidos aos fazendeiros. No fim a T. I. tem 3.500 ha e os posseiros e contratos ilegais foram terminados em troca de contratos de pastagem na Terra, organizados pelos indígenas.

A comunidade Kaiowá do Tekohá Takuara, Juti-MS, foi expulsa nos anos 60. Em 2003 o chefe dos Kaiowá, Marcos Veron, liderou a ocupação de volta à terra tradicional para reivindicá-la para os Kaiwá Ele foi paulado à morte por pistoleiros empregado por um fazendeiro. Finalmente em maio 2011 a comunidade voltaram para ocupar sua terra. Em 2011 quatro homens receberam uma sentença de 12 anos pelo crime (MPF noticias.pgr.mpf.gov.br; Egon Heck:www.cimi.org.br).

Nos últimos 10 anos, os Kaiowá e Guarani em Mato Grosso do Sul registraram 317 casos de assassinatos de indígenas contra 247 no restante do País. Isto dá uma média de 56% do total de casos. Só em 2012, Mato Grosso do Sul concentrou 61% dos casos de assassinatos de indígenas no Brasil. O Ministério Público Federal (MPF) afirma que a taxa de homicídio entre os Guarani-Kaiowá é de 145 mortes por 100 mil pessoas, enquanto a média nacional é de 24,5/100mil, 5,5 vezes menor. Segundo o Distrito Sanitário de Saúde Indígena de Mato Grosso do Sul, órgão ligado ao Ministério da Saúde, nos últimos 13 anos cerca de 611 Kaiowá e Guarani se suicidaram em Mato Grosso do Sul, uma média de 1 caso por semana. 70% dos casos eram jovens entre 15 e 27 anos (Notícias, www.pib.sociabiental.org).

Estilo da Vida: Os Kaiwá como os demais Guarani têm um estilo de vida que se chama teko o ‘modo de ser’. Este enfatiza o relacionamento entre as suas famílias extensas e o tekoha, o meio ambiente, especialmente o ka’aguy, o mato. O mato não somente é apenas a fonte dos recursos, o alimento e as matérias para o artesanato e as casas, mas também é importante pela construção da cosmologia. São em primeiro lugar agricultores, mais que caçadores e cultivam milho, mandioca, batata, abóboras e feijão.

As festas são realizadas na época das colheitas, quando praticam o jopói, que significa ‘abrir as mãos juntos’ pelo intercâmbio de bens e produtos de milho e mandioca.

Sociedade: Os Kaiwá se organizam na base da família extensa, cada sustenta por sua parcela da terra tradicional (tekoha), e considerada de ser descendentes de um antepassado (avô). A família é liderada por um homem (tamõi ou avô), ou as vezes uma mulher (jari avó) e entre eles determinam o território de cada família nuclear (Almeida 2003). Vivem em casas dispersas, mas a casa do tamõi é o ponto central.

O casamento é exogâmico da família extensa, e o ‘incesto’ e a poligamia são condenados. O casamento é iniciado pelos pais do rapaz falar com os pais da moça. Sem cerimonia especifica o novo casal começa a morar com os pais da noiva. As relações com a sociedade nacional são tratadas por um ‘cacique’ ou ‘capitão’.

Os Kaiwá distinguam entre a myamyri nhe’e (‘fala ancestral’) que é a língua de prestígio, usada nas cerimonias religiosas, e a teýi nhe’e (fala indígena), que se aprendia primeiramente. Reconhecem também a ‘língua paraguaia’ que não usam. A diferencia é mais uma questão da entonação, ritmo de acento e vocabulário e o tipo de discurso e a ocasião (Bridgeman 1966.73). Durante a iniciação dos rapazes o lábio inferior é furado e um pedaço de resina está colocado. Usam cerveja de milho.

Religão: Todos os Guarani creem que o deus Ñane Ramõi Jusu Papa ou ”Nosso Grande Avô Eterno’ criou uma substancia criativa de si mesmo e criou diversos seres divinos e sua esposa. Também criou a terra, tekoha, com os céus e morou na terra por muito tempo antes da vinda dos homens. Mas teve um desentendimento com a sua esposa, e com raiva ameaçou destruir a criação. Associados com este mito dois instrumentos são usados hoje: o takuapu, uma taquara ou bambu de comprimento de 1,10m que é batido no chão e os chocalhos de cabaça sacudido pelos homens. O filho do criador, Ñande Ru Paven (“Nosso Pai de Todos”) e sua esposa criaram os Guarani primeiro entre todos os povos e depois designou as terras para todos os povos (Almeia 2003). Os Kaiwá crêem que os deuses ouvem e são influenciados pelas canções (porahéi) (Bridgeman 1966.75).

Esta tekoha ou terra deve ter condições para caçar, pescar e roçar, fontes de água e incluir o mato (ka’aguy) que é importante para a vida física quanto a vida mitológica, pois nela vivem os espíritos. Por isso as invasões dos brancos no seu território e a falta de espaço para sustentar sua população é uma ofensa à sua religião Kaiwá. Esta ofensa estimula um interesse nas suas origens e os indígenas guardam o desejo de conquistar as suas terras de novo. Os mitos das aventuras dos deuses refletem a história de conflitos a época colonial. Os mortos moram na ‘Terra sem Mal’ e todo Kaiwá deve esforçar ir lá.

A doutrinação do povo é por repetir as afirmações com o pajé O pajé veste das suas roupa cerimoniais. Ele e os homens usam sues tembetá no lábio inferior e tomam uma cruz da mão esquerda e o maracá na direita, para cantar os canções (porahéi) (Bridgeman 1966.79). Paulito Aquino, ou Avá Araruá, era um pajé ou rezador que morreu em 2002 na sua comunidade da T. I. Panambizinho, e liderou em manter a religião tradicional e protestos contra as invasões dos território demarcados para os Kaiwá. Esta comunidade tinha a única ‘casa de oração’ (oca) sobrevivente entre os Guarani.

Diversas denominações protestantes e os católicas têm trabalhado entre os Kaiwá. Morgado exame a acusação que a mensagem evangélica foi responsável por uma epídema de suicídios entre jovens Kaiwá. Os pastores estão acusados de pregar um desprezo da vida terrena e a pecaminosidade da vida sexual, que leva os índios jovens de sofrer sentimento de culpa insuportáveis. O ensino de identificar a religião tradicional de ser dos demônios, e a conversão quebra a unidade da comunidade. Porém os suicídios acontecem também nas comunidades sem a qualquer presença evangélica. O consumo de álcool em excesso não é o motivo. Morgado explica que o motivo é que os Kaiwá não tem oportunidade de recuar da pressão da sociedade não indígena, sendo desterrados de seu habitat natural (Morgado 1991).

Cosmovisão: Há três aspectos da vida Guarani que expressa sua identidade que são: A pessoa com um termo que expressa ‘alma’ e ‘fala’ ou ‘língua’. Os tamõi ou ancestrais. E teko que expressa o específico estilo de vida conforme os costumes e condições da terra e ambiente (tekoha). Os Kaiwá procuram uma ‘terra sem mal’ de imortalidade que existia na antiguidade (ymaguare). Eles tentam manter contato mais próximo possível com as terras antigas dos ancestrais, contra a dominação das sociedade nacional. Todos os Guarani crêem que recebem uma ‘alma – palavra’ que define o indivíduo, que é recebida através de um sonho recebido dos ancestrais, os tamõi ou Pais da palavra – almas pelo pai. Esta ‘palavra – alma’ toma assento na mulher, que é necessário com as relações sexuais para ter a concepção. Os Kaiwá buscam a perfeição não somente por aprender a língua, mas por receber a myamyri nhe’e (a língua dos ancestrais) ‘de cima’. O ideal religioso é ter a disposição de ter comunhão com os tamõi e ouvir a sua revelação.

Comentário: Missão Evangélica Caiuá foi criada em 1928 com o objetivo de evangelizar e ao mesmo tempo preservar a identidade e os costumes indígenas. O Hospital e Maternidade Porta da Esperança em Dourados foram fundados em 1963 e a unidade de Tuberculose em 1980 para servir exclusivamente dos índios do Estado em convênio com a FUNASA, com postos de saúde em diversos lugares. Mantém também um Instituto Bíblico, fundado em 1978, para o treinamento de evangelistas indígenas. A Missão tem seis igrejas e 27 congregações entre Kaiwá e também com os Guarani, Xavante e Kadwéu. Missão Evangélica Caiuá é uma parceria da Igreja Presbiteriana do Brasil e da Igreja Presbiteriana Independente. Atua nas aldeias de Caarapó, Amambai, Taqwapiry, Sassoró, Porto Lindo e Gwassuty, Jacaré, Limão Verde, Campestre, Kokwey, e Panambi (IPB 2011). A Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista trabalha com este povo.

Foi observado que não têm simpatia para os fracos. Riram quando os sofrimentos de Cristo são descritos (Taylor 1984.31). “Eu gostei da parte onde diz que Deus não quer que nenhum dos pequeninos se percam. Assim como Ele amou a ovelha perdida, Ele ama a todos igualmente. A missão trouxe uma nova realidade para nós”, diz o índio Natanael Cárceres.

Em 1957 SIL enviou dra Lorraine Bridgeman e a família Taylor para trabalhar na tradução da Bíblia, um dos trabalhos iniciais desta organização no Brasil. Começaram o analise linguístico na aldeia de Panambi, no distrito de Dourados, MS. O Novo Testamento foi concluído em 1985, e a dra. Lorraine atua até hoje na tradução do Velho Testamento.

SIM tem trabalhado entre os no Paraguai desde 1987 e envolvido com os Guarani. A tradução da Bíblia foi completa em 1996.

Bibliografia:

  • ALMEIDA, Rubem Ferreira Thomaz de, MURA, Fábio, 2003, ‘Guarani Kaiowá’ Povos Indígenas do Brasil, Instituto Socioambiental, São Paulo.
  • BRIDGEMAN, Loraine I., 1966, ‘Os Parágrafos Gramaticais, Fonológicos e Léxicais na Língua Kaiwá’, em Fifty Years in Brazil – Um Tributo aos Povos Indígenas, Mary Ruth Wise, Robert A. Dooley, Isabel Murphy (EDS), Dallas TX: SIL International, 2008, pag. 71-106. Publicado em 1966, uma tradução resumida em 2008.
  • DAI/AMTB 2010, ‘Relatório 2010-Etnia Indígenas do Brasil’, Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos –instituto.antropos.com.br
  • GUARANI RETI, ed., 2008, Bartomeu Melià (ED), caderno_guarani.pdf.
  • HEMMING, John, 2003, Die if You Must: Brazilian Indians in the Twentieth Century, London: Panmacmillan.
  • IPB, 2011, Portal da Igreja Presbiteriana do Brasil, www.ipb.org.br/institucional.php3?idins=16
  • LADEIRA, Maria Înes, 2003, ‘Guarani Mbya’ Povos Indígenas do Brasil, Instituto Socioambiental, São Paulo.
  • LIMA FILHO, Manuel Ferreira, 1999, www.arara.fr/BBTRIBOKARAJA.htm
  • MNTB, 2010, Missão Novas Tribos do Brasil, relatório da equipe.
  • MORGADO, Anastácio F. Morgado, 1991, ‘Epidemia de suicídio entre os Guaraní-Kaiwá: indagando suas causas e avançando a hipótese do recuo impossível’, Cadernos de Saúde Pública, vol.7, no.4, Rio de Janeiro:Oct./Dec. 1991.
  • SIL 2009, Lewis, M. Paul (ed.), Ethnologue: Languages of the World, Sixteenth edition. Dallas, Tex.: SIL International. Online version: www.ethnologue.com.
  • TAYLOR, Audrey, 1981: For Me With Love-Cameos from Armadilla Village, Eastbourne, UK: Kingsway.