Desana — Umukomasã

David J. Phillips

Autodenominação: Umukomasã

Outros Nomes: Wirã, Winã, Wira, Desano, Dessano, Umukomasá falta strike no ‘u’) Boleka, Desâna, Kusibi, Oregu, Uina, Wina, Wirã (SIL).

População: Instituto Antropos:3.567 (Brasil: 1.531; Colômbia: 2036); SIL: 3.420 (Brasil: 960 (1995), Colômbia: 2.460 (2001).

Localização: No Amazonas: o Rio Tiquié e seus afluentes Cucura, Umari e Castanha; o Rio Papuri (especialmente em Piracuara e Monfort) e seus afluentes Turi e Urucu; além de trechos dos rios Uaupés e Negro, inclusive cidades da região (ISA).

Em oito Terra Indígenas:

T. I. Alto Rio Negro: Homologada e registrada no CRI e SPU de 7.999.380 ha com uma população de 26.046 (SIASI 2013) de 16 etnias.

T. I. Médio Rio Negro I: Homologada e registrada de 1.776.140 ha com população: 2.480 de 11 etnias.

T. I. Balaio: Homologada etc. de 257.281 ha com 350 indivíduos de nove etnias.

T. I. Cué-Cué/Marabitanas: Declarada de 808.645 ha com nove povos, população: 1.864 (GT/FUNAI 2010).

T. I. Médio Rio Negro II: Homologada etc. de 316.194 ha com 1.083 indígenas de nove etnias.

T. I. Rio Apapóris: de 106.960 ha homologada e registrada CRI e SPU com 206 indígenas de quatro etnias.

T. I. Rio Tea: de 412.000 ha homologada, etc. com 338 índios de cinco etnias.

T. I. Aldeia Beija Flor: dominial indígena de 41 ha com dez etnis, população desconhecida.

Na Colômbia: os rios Papurí e Abiyu, afluentes do rio Vaupés, os rios Pacá e Macú Paraná afluentes do Papurí e outros igarapés afluentes do Papurí.

Língua: Desano, Tukano oriental. Alfabetismo na Colômbia 30%, Espanhol 25-35%. A tradução do Novo Testamento foi completado em 1984. Uma língua de assobios existe. No Brasil falam mais Tukano do que Desano (SIL).

História: A região do Vaupés, coberta de florestas densas e em cima das cachoeiras que impedem a navegação de barcos maiores, era um refúgio relativo para diversos povos escapando do alcance dos europeus. Os povos Tukano não têm tradições de terra da sua origem, antes eles subiriam o rio Negro do leste. Conforme os mitos eles chegaram pela anaconda canoa que partiu do Lago de Leite. Eles aprenderam a cultivação da mandioca dos povos aruak, já na região e se casaram com eles e depois dominaram a região (Reichel-Dolmatoof 1996.18).

O contato com os espanhóis na Colômbia atual começou no século XVI, mas a vida indígena era orientada para o Brasil e as influencias e ameaças europeias penetraram pelo rio Negro. A fronteira entre a Colômbia e o Brasil foi demarcada somente em 1936, com o posto em Mitú (Reichel-Dolmatoof 1996.22).

Do lado brasileiro os contatos começaram cedo, especialmente pelos portugueses no século XVIII à busca de escravos para as plantações de cana e algodão no Pará e no Maranhão, e depois veio a exploração e a mudança dos índios para trabalharem como seringueiros no fim do século XIX até depois da Segunda Guerra Mundial. Os salesianos de Dom Bosco, com autoridade papal, estabeleceram missões e entre 1914 e 1979 usaram internatos escolares para ‘civilizar’ os meninos e meninas por obrigando o uso da língua portuguesa e fazendo com que as crianças esquecessem sua cultura. A religião e as tradições indígenas foram desprezadas.

Estilo da Vida: Antigamente os Desana moravam em malocas dispersos nas margens dos rios, como a uma distancia de um dia a remo. O território de cada maloca era demarcado conforme os mitos contados pelos pajés, porém estas divisões não correspondiam à realidade (Reichel-Dolmatoff 1996.20). A maloca (vií) eraconstruída na terra firme a uns cem ou mais metros da beira do rio e a construção era determinada por tradições com associações cosmológicas. Ao lado foram cultivadas arvores frutíferas como pupunheiras, carajuru e outras. A maloca é comparada a um jirau, indicando uma separação no pensamento entre a terra e a casa como uma proteção as forças da natureza (Reichel-Dolmatoff 1996.49). Da maloca radiam trilhos para as roças e o porto. Hoje em dia se usam casas de famílias separadas.

Os homens caçam anta, veado, macacos, mutum e jacu, caititu e queixada. A pesca é importante. As mulheres colhem frutos e cuidam das roças onde cultivam banana, pimentas, cana, tabaco e coca e alguns pés de frutas.

As roças são formadas pelos homens da comunidade, derrubando e queimando as arvores. Cada família tem quatro ou cinco áreas de cultivação, as mulheres fazendo a maior parte do trabalho, plantando várias especies de mandioca, banana da terra, abacaxi, pimentas, milho e cana. As cinzas da queimada das arvores derrubadas são consideradas lugares bons para plantar diversas plantas. A caça é vista como um alimento muito mais precário, precisando de mais rituais do que a horticultura, pois a colheita dessa é mais segura (Reichel-Dolmatoff 1996.71, 75). Depois de dois anos a roça é abandonada, devido à falta de fertilidade do solo, e é chamada via’do que quer dizer ‘o que é devolvido’, isso é à floresta. É visitada para colher frutos, bata doce, etc. e é deixada para a capoeira ou rastrojos crescer (Reichel-Dolmatoff 1996.78-81).

Os povos Tukano não têm uma palavra para a natureza ou não faz distinção entre a humanidade e o meio ambiente. O homem é uma parte integral do mundo; a atitude do índio para com a floresta é semelhante uma pessoa ocidental de como considera seu próprio corpo. Para o indígena a floresta e o corpo é uma parte essencial de si mesmo (Reichel-Dolmatoff 1996.8). Não há uma dicotomia e em certo sentido a floresta é ‘humanizada’ pelo homem, que tem responsabilidade de sustentá-la por suas atividades rituais.

Artesanato: São especialistas na cesteira, fabricando cumatás feitas de arumã e apás grandes, que quer dizer balaios como aros internos de cipó.

Sociedade: Os Desana são do grupo de povos Tukano orientais que consistem de: Tukano, Tuyuka, Wanano, Bará, Pira-Tupuya e Mirití-Tupuya, Arapaso, Karapanã, Tatuyo, Yurutí, Taiwano, Barasana, Kubeo, Makuna, Siriano, e Yurutí. (Incluem também Letuana, Pisá-mira, e Tanimuka por Hugh-Jones em Goldman 2004.406). Eles usam Tukano como língua comum e praticam uma exogamia linguística e virilocal e assim têm uma unidade regional, mas mantêm suas identidades étnicas por suas distintas tradições religiosas praticadas pelos homens. Porém os Kubeo e os Makuna são a excepções por praticarem endogamia linguística.

Não está certo o número de clãs entre os Desana, mas são aproximadamente 30 divisões, identificadas com os papeis tradicionais de chefes, mestres de cerimônia, rezadores e ajudantes ou servos. A maloca consiste de um grupo de irmãos e suas esposas, oriundas de outras etnias, com seus filhos e forma a unidade autônoma da sociedade. Um irmão mais velho é o chefe e conforme a sua liderança o grupo mantem sua união. Entretanto um processo de fusão e fissão dos grupos acontece. Irmãos com sua famílias podem separar-se para ter uma casa ao lado ou se estabelecer mais longe. Disputas de autoridade, acusações de adultério ou de feitiçaria são motivos de separação. Nas última décadas a busca para educação escolar, assistência médica, serviço assalariado e mudança para as cidades são motivos para dividir as unidades (Laşmar 2005.65).

O casamento exogâmico é motivo para os relacionamentos regional entre os grupos. Enquanto os homens mantêm a identidade ritual do grupo, chamada ‘a casa ritual’ (he wii). Uma unidade maior formada por cunhados em outros grupos ou etnias são motivo das festas de carne, comida e caxiri chamadas bare ekaria (Hugh-Jones 1995.227, 237; Laşmar 2005.61s). Os Desana chamam estes encontros vaberí mahsá, termo derivado dos escudos, tecidos de cipos, que usavam antigamente. A maloca é imaginada de ser protegida dentro do escudo. Vizinhos vem dias antes da festa para ajudar a preparar os alimentos (Reichel-Dolmatoff 1996.57).

Religião: Os índios têm contato com o mundo invisível por tomar os alucinógenos de caapi. Toda a comunidade participa, mas só os homens bebem e entram em transe; as mulheres encorajam e tomam parte das danças. Os alucinógenos produzem a visão de desenhos abstratos e estes são interpretados pelos mitos, isso é conforme o conjunto de ideias preestabelecidas nos seus pensamentos, e os pajés estão prontos para dar as interpretações que explicam as experiências de acordo com a mitologia. Creem que estes transes consistem em encontros com os criadores mitológicos ou com os ancestrais. Os animais e as plantas também se comunicam como desejam ser tratados e protegidos.

Cosmovisão: O Desana divide o universo em duas secções maiores, o mundo visível (deyóri turí) conhecido pelos sentidos físicos e o mundo invisível (deyóbirí turí), que é visto no sol, na lua, e na Via Láctea, que comunica as qualidades e atitudes necessárias para viver bem no mundo visível. Um mito da criação do mundo conta como uma deusa cobriu o corpo dela com adornos de penas, e dentro desta cobertura formou cinco Trovões que representam o céu, norte, leste, sul e oeste. O Trovão, o céu em cima, vomitaram os adornos de plumagem que se tornaram em proto-homens e estes viajavam do leste subindo os rios na Anaconda canoa. Em diversos lugares eles desembarcaram para dançar e este lugares se transformaram em aspectos dos rios conhecidos hoje. Quando chegaram no rio Uaupés, o centro do mundo, já eram seres humanos; saíram da pedra da cachoeira Ipanoré como os ancestrais dos povos Tukano, cada um falando sua língua e com seu território definido (Hugh-Jones 1995.234s).

Os mitos Desana contam como a cachoeira Ipanoré era escolhida para ser o centro do mundo humano. O Pai Sol enviou seu representante Pamurí mahsë, progenitor, para a terra, que sempre existia. Ele viajou na sua canoa, parando de vez em quando para fincar seu bastão na terra para acertar o centro do mundo. Era o lugar onde o bastão não fazia uma sombra. Quando achou este lugar as esgotas de sêmen caíram do bastão que criou o primeiro homem, sem mulher. As mulheres já existiam como parte da terra primordial (Reichel-Dolmatoof 1996.25-28).

O Tukano encara a natureza como o padrão de ordem e estrutura; o homem é a origem da desordem. O universo é conservado pela circulação da energia do mundo invisível.O Pai Sol (abé pagë) emite vários tipos de raio de energia chamado de bogá, que são beneficiais. Ele é invisível aos homens e não é conceituado como um ser pessoal, mas como um princípio masculino e visualizado como um cristal gigante. Há poucas referencias a Ele nos mitos ou pelos pajés; não há culto ao Pai Sol. Ele é parte da percepção da interdependência de todas as coisas (Reichel-Dolmatoff 1996.21).

O Pai Sol está representado pelo sol visível, o Sol do Dia (ëmë abé também muhipë na língua Tukano); ele é a fonte de luz e de calor, mas estes não são sempre vistos como beneficiais. O Sol do Dia regula a natureza pelas estações, dias e noites. A energia do Pai Sol, bogá, está impelida pela força e é visualizada como diversos tipos de raios ou fios coloridos quando os índios estão sob efeito de bebidas alucinógenas, ou às vezes percebidos no raio do sol penetrando o escuro, no relâmpago ou no arco-íris. Há pelo menos quatro tipos de bogá: os dári em linhas retas, o amarelo é princípio masculino e o vermelho o feminino. Os raios daríri são ondulantes e de cores verde, azul e violeta e são associado com a fertilidade humana e o crescimento das plantas. Os ~náriri estão ativos em experiências que causam os homens tremer. O quarto tipo de bogá toma a forma de pontos luminosos e vibrantes. Estes estão envolvidos na reprodução humana, quando o esperma masculino, amarelo, combinado com o óvulo vermelho feminino para formar o feto humano (Reichel-Dolmatoff 1996.32ss).

O mundo é dividido também em dimensões, três do mundo invisível e três do mundo visível. A mais importante do mundo invisível é das tradições e dos antepassados Tukano chamado de Homem-tempo-povo (emekóri mahsá turí) que contem as tradições fundamentais do povo (Reichel-Dolmatoff 1996.39).

Os Mestres: A próxima dimensão é do Mestre do Animais, que percorre a Via Láctea, controlando a procriação e a caça. Cada parte da Via Láctea regula as vidas das espécies. O Mestre dos animais (Vai mahsë) habita nas ‘casas das colinas’, morros mais altos (ëhtámu), e em outros pontos escondidos na floresta. Estas ‘casas’ formam uma rede de fontes de energia (bogá) derivada do Pai Sol e radiada para a terra pelo sol. As ‘casas’ estão em uma hierarquia conforme os níveis de energia e porque estão protegidas desenvolvem como santuários de muitas espécies. Ele é temido pelos índios, e pode aparecer como relâmpago, ou na forma de uma onça, ou como um anão vermelho, para reprovar o caçador por matar muitos demais animais nas caças.

Os Mestres dos Animais e dos Peixes são figuras importantes no manejo dos recursos naturais (Reichel-Dolmatoff 1996.82-85). Eles são responsáveis por controlar a provisão da caça e da pesca nas áreas das quais os índios colhem uma essencial parte dos seus meios de sobrevivência. Também há a dimensão das árvores e de todas as plantas, que não têm um Mestre, mas existe o Povo das Arvores (yuhkë mahsá). Elas recebem a energia diretamente do sol invisível (Reichel-Dolmatoff 1996.43).

O mundo visível tem três dimensões, que correspondem aos invisíveis. Os Tukano se sustentam por todas as três dimensões. Portanto a floresta e os rios não são armazéns abertos para o homem se sustentar à vontade, mas fornece seus produtos sob condições que podem ser muito exigentes (Reichel-Dolmatoff 1996.75). A primeira é dos animais da caça, cada espécies tem sua energia cromática, e o homem tem um papel para circular esta energia. Ele é necessário para caçar e consumir a carne e assim circula a energia. Quando um animal morre a sua energia volta para o sistema cósmico, porém quando é morto pelos homens a sua energia passa por um sistema pelo qual o homem é responsável, e controles são necessários para não perder a energia. A reprodução dos animais é controlada pelas cerimônias, instruções e tabus dos pajés.

Também existe a dimensão do peixe em três níveis conforme a profundeza da água. Os rios são também considerados como caminhos e as cachoeiras, penínsulas e curvas e outros aspectos são ‘lugares de casas’, associados com eventos reais ou mitológicos. Os poços profundos embaixo das cachoeiras são as casas do vai mahsë, o Mestre do Peixe, e a ‘casa’ (~ëhtëgë) é protegida por anacondas gigantes. O peixe é gente como os indígenas, organizado em uma sociedade com suas próprias normas. Eles comunicam as mensagens do Mestre conforme a facilidade ou a dificuldade de pescar. Os rios formam meandros e até meandros isolados, e também lugares onde a floresta alta chega à beira do rio, onde os animais maiores vem para beber água. Estes lugares são especiais para a conservação do pensamento indígena.

Os Mestres podem aparecer em forma de um homem preto ou anão na floresta ou em sonhos, ou pelas alucinações para o caçador ou pescador; eles dão uma advertência de não abusar da caça ou da pesca, não tirando mais do que é necessário para a família. Trechos dos rios ou da floresta que eram anteriormente repletos de caça ou de peixe, e onde agora há uma carência são abandonados por seus Mestres, em protesto a exploração da área pelos índios. Os pajés por seus transes visitam as ‘casas’ dos Mestres e negociam a provisão de casais de aves, animais ou peixes para manter a provisão de alimento. Eles oferecem em pagamento as vidas de pessoas que têm ofendido os Mestres por matar mais do que era necessário, ou têm quebrado as regras que preservam o ecossistema. Reichel-Dolmatoff observa que os mitos dos Mestres podem ser considerados como superstição, mas são baseados em muitos anos de observações acuradas do ecossistema. São efetivos em controlar o uso de recursos naturais como explicações biológicas.

As plantas e a horticultura: As roças dos índios são fertilizadas pela energia do Povo das Arvores (yuhkë mahsá); as arvores são consideradas o manjar do solo, as plantas e o ecossistema em baixo da sua cobertura. Este Povo não é associado com as arvores individuais, mas com os espíritos de toda a floresta. Os indígenas distinguem vários tipos de floresta e não somente os tipos maiores de igapó baixo e alto, a caatinga ou campina, a bana (serrado de vegetação muita baixa) e a floresta da terra firme e mais de dúzias de áreas onde crescem certas arvores. Por exemplo, os Baniwa identificam mais de 53 tipos de selva (Cabalzar 2006.63-71). Igualmente distingue entre os níveis verticais: a parte mais baixo dos troncos, a parte mais alta dos troncos e os mais altos ramos e as folhas expostos ao sol, isso é o dossel florestal. O dossel contem dois terços da formas de vida da floresta. Cada nível tem seus animais e plantas específicos, e também suas associações humanas.

O trabalho da horticultura é duro e continuo, mas sempre há uma colheita para manter a família. As roças não precisam de muito ritual dos pajés para manter sua produtividade, em comparação com a floresta e os rios. As roçadas feitas na floresta da terra firme formam um ecossistema próprio. A queimada dos ramos e troncos produz um mosaico de diversas cores de cinzas, representando as energias, e o plantio é feito cautelosamente conforme as cores (Reichel-Dolmatoff 1996.71). O índio considera que as arvores e plantas de muitos frutos devem ser cultivadas onde elas brotaram, para valorizar as condições naturais. As plantas, como mandioca e cana devem crescer próximas uma das outras em uma variedade. Esta variedade de solo e plantas atrai certas especies de insetos e animais que também servem de alimento.

Comentário: Fizemos comentário no artigo ‘Ecologia em Mito e Parábola’, Instituto Antropos.

Bibliografia:

  • CABALZAR, Alosio, 2006, (redator) Povos Indígenas do Rio Negro, uma introdução à diversidade socioambietal do noroeste da Amazônia brasileira, São Gabriel da Cachoeira/ São Paulo: FIORN-ISA.
  • HUGH-JONES, Stephen, 1995, ‘Inside-out and Back-to-Front: The Androgynous House in Northwest Amazonia’, em About the Houses Lévi-Strauss and beyond, eds: Janet Carsten & Stephen Hugh-Jones, Cambridge: CUP.
  • ISA, Instituto Socioambiental, São Paulo, pib.socioambiental.org/pt.
  • LAŞMAR, Christiane, 2005. De Volta ao Lago de Leite, São Paulo: UNESP.
  • PHILLIPS, David, 2009, Ecologia em Mito e Parábola, www.Instituto Antropos.
  • REICHEL-DOLMATOFF, Gerardo, 1996, The Forest Within, The World View of the Tukano Amazonian Indians, Totnes, Inglaterra: Themis Books.
  • SIL 2009, Lewis, M. Paul (ed), Ethnologue: Languages of the World, Sixteenth Edition. Dallas, Tex: SIL International. Versão on line: www.ethnologue.co/