Ewarhuyana

David J. Phillips

Autodenominação: Ewarhuyana é a autodenominação de um grupo que mora com os Tiriyó. O último é nome lhes dado pelos não índios (Grupioni 2005)

Outros Nomes: Tiriyó é termo que abrange muitos grupos que se distinguem entre si mesmos.

População: 12 (DAI/AMTB 2010), os Tiriyó: 1.464.

Localização: Pará, na Terra Indígena Parque de Tumucumaque, que abrange uma área de 3.071.070 ha localizada ao norte do Pará e noroeste do Amapá, no municípios de Oriziminá, Almerim, Óbidos e Alenquer, homologada e registrada no CRI e SPU, com 1.700 indígenas dos Aparai, Kaxuyana, Wayana e Tiriyó, este que include os Ewahuyana (FUNAI 2011).

Língua: Ewarhuyana da família linguística Carib. Há 12 falantes.

História: os grupos que compõem os Tiriyó eram conhecidos desde do século XVII, mas somente na segunda metade do século XX abandonaram seu isolamento. Em 1968 os Ewarhuyana e Tsikuyana foram atraídos pela missão dos franciscanos. A participação da FAB passou à FUNAI, que na década 80 forneceu o atendimento de enfermagem e odontologia e a FUNASA assumiu o programa das vacinações. A Associação dos Povo Indígenas do Tucumaque (APITU) foi fundada em 1996 e o governo do Amapá ofereceu a partir de 1994 transporte aéreo e agentes de saúde, professores indígenas e não indígenas (Grupioni 2005).

Estilo da Vida: Os Tiriyó vivem nas duas bacias fluviais que atravessem o Parque. Os Tiriyó da bacia dos Paru de Leste e o Citaré vivem na cabeceira. Os Tiriyó da bacia dos rios Paru de Oeste e Marapi vivem no meio e alto curso dos rios. Os Ewarhuyana vivem entre estes. Em 1997 um mapeamento pelo Centro de Estatística Aplicada da Universidade de São Paulo achou 512 Tiriyó, com 70 Katxuyana e remanescentes dos Ewarhuyana e Txikuyana e poucos Akuriyó e Wajãpi. O total na bacia Paru de Oeste e Marapi era cerca de 200 pessoas, a maioria morava nos arredores da aldeia Missão Tiriyó (Grupioni 2005).

Antigamente o sistema de subsistência era nômade de conforme a produção das roças e a caça disponível, mudando a aldeia de cinco a dez anos.Desde a década 60 a vida é mais sedentarizada em torno da Missão Franciscana do Paru de Oeste. Os missionários tentaram incentivar a cultivação de diversas plantas com banana, cana-de-açúcar, abacaxi, mamão, etc, com algum sucesso.

Sociedade: Entre os Tiriyó cada aldeia (pata) é liderada por um ‘dono do lugara’ que escolheu o lugar e nele reuniu um conjunto de parentes bi-laterais.

Artesanato:

Religião: Não temos informações.

Cosmovisão:Não temos informações.

Comentário: A Missão Tiriyó é uma extensão missionária da Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil na Serra Tumucumaque, Pará, desde 1964. O trabalho consiste de catequese, agricultura semi-mecanizada que não foi absorvida pelos índios  escolas.

Bibliografia:

DAI/AMTB 2010, ‘Relatório 2010 – Etnias Indígenas do Brasil’, Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos –instituto.antropos.com.br.

GRUPIONI, Denise Farardo, 2005, Tirivó, Povos Indígenas do Brasil, Instituto Socioambiental, São Paulo.pib.socioambiental.org/pt/povo/tiriyo.

SIL 2014, Lewis, M. Paul, Gary F. Simons, and Charles D. Fennig (eds.). 2014. Ethnologue: Languages of the World, Seventeenth edition. Dallas, Texas: SIL International. Online version: www.ethnologue.com.