David J. Phillips
Autodenominação: O nome Kapinawá é reconhecido desde os anos 70 quando procuram reconhecimento pela FUNAI.
Outros Nomes: Capinawá, Kapon, Capinauna (DAI/AMTB 2010).
População: 3.294 (DAI/AMTB 2010), 3.702 (FUNASA 2010).
Localização: Terra Indígena Kapinawá, PE, ao oeste de Buíque de 12.403 ha de caatinga, homologada e registrada no CRI e SPU, com 1.857 Kapinawá (FUNASA 2010).
Língua: Português (DAI/AMTB 2010). A língua Kapinawá é classificada com dormente (SIL).
História: São reconhecidos como índios, descendentes diretos do indígenas que foram aldeados na Serra do Macaco no século XVIII (PIB 2013). São sobreviventes do povo Prakió ou Paratió. Este aldeamento missão era constituído em 1710. Uma Carta Imperial de 1874, da qual só se conhece uma cópia datilografada, doava suas terras aos descendentes do povoamento dos “macacos”.
Durante a década 70 começaram a ser preocupados com os avanço de fazendas nas suas terras, e se organizaram para conseguir a regularização da Terra. O conflito intensificou a partir dos anos 1960, quando os fazendeiros, ao estenderem suas cercas, anexaram às suas propriedades parte das terras mais produtivas da comunidade do sítio Mina Grande. As 42 famílias no Sítio Mina Grande, protestaram os conflitos com o fazendeiro Romero Maranhão e com posseiros, e procuram a FUNAI reconhecimento das suas terras.
No princípio a FUNAI não reconheceu a existência da aldeia em Buíque. Enquanto um estudo antropólogo foi feito os conflitos continuara, com, em 1982, um tiroteio na vila do Catimbau, entre os indígenas e regionais, e houve dois dos últimos mortos. A FUNAI designou que as antropólogas funcionais Diana Cléa Garcia da Motta e Lúcia Helena Soares de Mello, realizassem “estudo antropológico, pesquisa sobre situação jurídica atual e investigação das causas dos conflitos na área ocupada pelos Kapinawá”. Elas concluíram que não havia traço de cultura indígenas e também devido a migração de muitos indivíduos e grupo era mais indígena. A FUNAI consultou à antropóloga Maria Rosário Caralho da UFBa em 1982 que respondeu que a identidade indígenas reclamada pelos Kapinawá deve ser reconhecida e o Posto indígena Kapinawá foi criado em novembro 1982. Conseguiram a demarcação de um parte do seu território tradicional. A Terra Indígena foi homologada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 14 de dezembro de 1998.
Estilo da Vida: Vivem na caatinga entre os municípios de Buíque, Tupanatinga e Ibimirim no Vale do Ipanema. Vivem 147 famílias fora da T. I., das quais 45 habitam no Parque Nacional do Catimbau contígua a T. I. Kapinawá.
Sociedade: O povo tem sete escolas indígenas e 18 anexos com 50 professore, todos de origem indígena. Contaram com o apoio da Comissão dos Professores Indígenas de Pernambuco – COPIPE, composta por três membros de cada povo, sendo dois professores e uma liderança.
Artesanato:
Religião: Os Kapinawá crêem que seus antepassados residem em fendas e cavernas nas rochas. Realizam o Toré para invocar os ‘encantados’, seus antepassados, que crêem não morreram mas estão presentes para auxiliar o povo ainda hoje. Os Kapinawá realizam o Samba de Coco que faz parte da cultura dos ‘caboclos’ da região. São também católicos, festejando o seu padroeiro, São Sebastião.
Cosmovisão: Nào temos informaçòes.
Comentário:
Bibliografia:
- DAI/AMTB 2010, ‘Relatório 2010 – Etnias Indígenas do Brasil’, Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos –instituto.antropos.com.br.
- PIB, Equipe de edição da Enciclopédia, 2013, ‘Kapinawa’, Povos Indígenas do Brasil, Instituto Socioambiental, São Paulo. pib.socioambiental.org/pt/povo/kapinawa.
- SIL 2013, Lewis, M. Paul, Gary F. Simons, and Charles D. Fennig (eds.). 2013. Ethnologue: Languages of the World, Seventeenth edition. Dallas, Texas: SIL International. Online version: www.ethnologue.com.