Karitiâna — Yjxa

David J. Phillips

Autodenominação: Yjxa, que significa ‘nós’ ou ‘gente’ em contraste aos ‘opok’, os não indígenas e os ‘opok pita’, os outros índios (Storto e Velden 2005).

Outros Nomes: Caritiana, Karitianaé o nome dado pelos seringueiros.

População: 400 (DAI/AMTB 2010). Estimativa de Nelson Karitiana da Associação Karitiana: 320. 270 na aldeia Karitiana e mais 40 nas cidades de Porto Velho e Cacoal em 2003 (Storto e Velden 2005). Nos últimos anos a população aumentou mais de 60%. 10 Karitiana moram fora da aldeia.

Localização: Habitam a Terra Indígena Karitiana:

T. I. Karitiana (RO) de 89.682 ha dentro do município e para o sul da cidade de Porto Velho e homologada e registrada no CRI e SPU. A aldeia Karitiana, Kyõwã, fica nas margens do Igarapé Sapoti, no Rio Candeias, afluente do Rio Madeira, uns 100 quilômetros de Porto Velho pela BR 364, 45 quilômetros fora do asfalto.

Língua: Karitiâna, a única língua sobrevivente da família Tupi Arikém. O casal Landin (SIL) produziu o Dicionário e léxico karitiâna/português e uma Gramática e porções bíblicas (1981). O português é usado unicamente para contato com a sociedade nacional, especialmente em vender artesanato em Porto Velho (Jore 2004).

História: Os Karitiana não têm um conceito do tempo para definir sua história. Eles dizem que o terreno entre os rios Candeias e Jamari era sua terra antigamente. Membros da comissão Rondon eram os primeiros para conhecer os Karitiâna em 1909, perto do médio rio Jaci-Paraná. O povo mudou de lugar durante o século XX. Em 1927 estavam localizados entre os rios Candeias e Jaci-Paraná. A década 50 do século XX, o SPI e os Salesianos entram em contato, durante a época os Karitiana perderam muito da sua população. O grupo chegou na sua localização atual e encontrou e uniu-se com um grupo indígena Capivari, natural da terra (Storto e Velden 2005). Dois homens foram batizados católicos em 1957.

Em 1987 e 1996 espécimes de sangue eram extraídos, com a promessa de suprir remédios para os Karitiana. Em 1996 espécimes foram oferecidos a venda, como amostras de DNA pela Coriell Cell Repositories, N.J., USA, e as promessas não eram cumpridas. O povo considerou o sangue ‘roubado’ e mais sério, ele não foi enterrado com as pessoas já falecidas, e a coleta com as promessas é mais um exemplo do caráter traiçoeiro dos brancos.

Uma escola da aldeia começou em 1991 e em 2005 tinha cinco professores karitiana, as aulas sendo em português e karitiana. O projeto de alfabetização começou em 1994 (Storto e Velden 2005). Em 2004 a escola não estava funcionando devido à preferencia de ter somente seus próprios professores, que não estavam recebendo seus salários. A maior parte do ensino era em português. Seis Karitiana estavam estudando em Porto Velho. Mas na aldeia somente a língua Karitiana é falada, as crianças falam pouco português e o português tem que ser traduzido para os adultos. Os Karitiana se orgulham na sua língua e usam um português limitado somente para vender artigos em Porto Velho (Jore 2004).

Em 2010 Os indígenas protestaram o fechamento do posto da FUNAI, em Porto Velho, que provocou problemas pelos serviços de saúde e educação.

Estilo da Vida: A T. I. consiste de floresta densa com arvores de 40m ou mais de altura, abundante chuva, cortada por muita igarapés que descendem para o rio Candeias a leste. A única aldeia é situada uns 95 km ao sul de Porto Velho e tinha 64 casas e 292 habitantes em 2004, conforme o presidente da Associação Karitiana (Joge 2004)

Em 2003 uma tentativa de montar uma aldeia na margem do Candeias, fora da T.I. mas dentro do território tradicional, foi frustrada por ser destruída pelos fazendeiros. Ao norte há situadas fazendas de gado, mas ao sul ainda estende a mata. A aldeia Kyõwã está nas duas margens do igarapé Sapoti, afluente do rio Candeias. O maior número das famílias moram na margem direita. A estrada de acesso e o posto da FUNAI com a restante das casas estão na margem esquerda.

As malocas antigas eram abandonadas para construir casas regionais, com telhados de duas águas de palha e as paredes de diversas materiais. Mas os Karitiana ainda se orgulham em ter construído duas exemplares destas malocas nas extremidades da aldeia, usadas como ‘igrejas’, uma para o pajé e outra para os evangélicos.

Os Karitiana cultivam mandioca, macaxeira, arroz, feijão, milho e café. Os homens fazem as roças, derrubam as arvores e coivara. Cada família tem sua parte da plantação e algumas construem uma casa ao lado da roça para ser usada em tempos de mais trabalho. Na aldeia as casas têm seus quintais para cultivar as frutas. Os homens caçam veado, macacos, queixada, cutia, paca e diversas aves, mas preferem a carne de macaco. Os indígenas visitam Porto Velho facilmente para serviços médicos e alguns jovens aprenderam o serviço básico de enfermagem. O Posto local pode tratar a maioria das doenças comuns, mas a eliminação da malária ainda é um desafio.

Artesanato: O comércio de artesanato é uma parte importante da economia e sua Associação usa um comodo na Casa do Índio em Porto Velho, que serve de uma loja para o artesanato (Jore 2004).

Sociedade: Antigamente os Karitiana moravam em malocas, ou ‘casas redondas’ uma família extensa em cada uma. Hoje o povo é dividido entre o ‘povo do pajé’ e o ‘povo dos pastores’, mas a divisão cosmológica não influi tanto as relações sociais da vida cotidiana. As famílias do pajé moram no lado direito da igarapé, as famílias evangélicas no lado esquerdo. O pajé tentou formar uma nova aldeia separada da atual, mas poucas pessoas queriam mudar e a tentativa falhou. Duas festas são realizadas cada vez pelas facções, com convites dadas aos outros do outro lado. Os dois ‘povos’ revindicam praticar as festas conforme os costumes dos ancestrais (Storto e Velden 2005).

Casamentos entre os facções religiosas acontecem. A preferência é em casar-se com primos cruzados. O casamento é uxorilocal e o marido assiste as ‘festas’ da religião do sogro. Os netos são dados os nomes dos seus avós ou dos irmãos ou das irmãs do avô (Landin 1985). Quando os Karitiana perderam sua terra aos brancos, os Capivari os convidaram para seu local atual e vivam ainda 50 Capivari na aldeia. Os dois povos se casaram (Joge 2004).

Religião: A comunidade é divida entre o ‘povo do pajé’ com um pajé e o ‘povo do pastor’ ou ‘crentes’ com três igrejas e pastores. A Primeira Igreja evangélica karitiana começou em 1991 e a aldeia tem três congregações com um total de 120 membros (Jore 2004). O primeiro Karitiana para se converter encontrou-se com um pastor brasileiro, quando servia no Exercito, e depois tornou-se auxiliar linguístico com David Landin em Porto Velho, até 1982 quando ele morreu. Landin completou uma preliminar tradução dos livros do Novo Testamento: Lucas, João, Romanos, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, 1-3 João e Judas que são usados pelas igrejas. O gênero e a filha do pastor treinaram no Centro de Treinamento Ami, Chapada dos Guimarães, MT, completando um curso de três anos com o alvo de liderar a igreja e completar a tradução bíblica (Jore 2004).

Os adeptos dos dois lados dizem que os espíritos de Jesus e de Itamama dos tradicionalistas não se gostam. Os ‘crentes’ identificam o Deus Cristão com Botyi, o criador das suas tradições, e dizem que o evangelho é a mensagem dele, e seus ritos são os mesmos observados pelos Karitiana antigamente. Então as festas são realizadas conforme a cisma religiosa, com explicações diferentes.Ambos os cultos evangélicos e as cerimonias tradicionais usam a língua karitiana.As festas são semelhantes: a festa da caça termina em um banho de um remédio (gopatoma) tradicional da floresta (Storto e Velden 2005).

Anos atrás o pajé Cizinho pediu as orações dos crentes em Porto Velho quando uma das suas esposas estava doente. Quando ela ficou bem e ele começou a assistir uma igreja evangélica na cidade, procurando ajuda espiritual, que ele não recebeu, com o resultado que ele voltou para sua práticas tradicionais e em 2004 era o inimigo do evangelho na aldeia. Tradicionalmente os Karitiana creem que cada pessoa têm quatro almas, que voltam ao deus após da morte. A alma que retém o sangue convive como os parentes no alem. Produziu um MP3 ‘download’ ‘Yjkii: Songs of tradition revival’ da música tradicional.

A primeira igreja evangélica foi fundada por um Karitiana que levou sua esposa para o hospital em Porto Velho em 1991. Ela aparentemente morreu e ele recebeu uma visão na qual foi levado ao céu e Deus o ordenou pregar o evangelho aos índios. Depois a visão no dia seguinte os médicos trataram a sua esposa e ela foi curada completamente. Ele foi encorajado pela Igreja Batista Nova Jerusalém em Porto Velho e voltou à aldeia para fundar e liderar uma nova igreja batista, que tinha 40 membros em 2004 (Jore 2004). Esta igreja deseja a tradução da Bíblia em Karitiana.

A segunda igreja evangélica se considera realizar seus cultos mais conforme os costumes karitiana do que a igreja batista. O prédio é uma maloca coberta de palha, liderada pelo funcionário da clínica de saúde, que usa traje tradicional nos cultos. Esta usa as porções bíblicas traduzidas por David Landin e tem 60 membros.

A terceira igreja consiste na maioria dos parentes do pastor, uns 20 pessoas e os cultos são todos em Karitiana e o prédio é uma maloca também. Este pastor também pediu que as Escrituras sejam traduzidas em Karitiana.

Os membros das três igrejas dão seus dízimos e ofertas da forma de artesanato, que estão guardados nos templos até vendidos em Porto Velho (Jore 2004). O Cristianismo está representado na aldeia pelo Conselho Indigenista Missionário e três igrejas evangélicas. Tanto a FUNAI quanto o CIMI oporem a presencia de missionários evangélicos na aldeia.

Cosmovisão: Conforme dos mitos o deus criador Botyj existia antes de tudo. Foi ele que instruiu os Karitiana construir suas malocas. Nos tempos primevos, Byjyty, o neto de Botyj habitava entre os Karitiana e um dia ele os avisou que ia morrer e voltar na forma de um ave grande. Faleceu e foi enterrado na maloca. Algum tempos depois ele voltou como uma cegonha, o Jabiru e os Karitiana o matou. Os Karitiana contam que eles ‘mataram Deus’ pela ignorância. Este é o pecado e culpa original entre os Karitiana. O Cristianismo tem modificado o mito; Byjyty voltou a viver entre os brancos, como Jesus, e os deu todas as maravilhas da tecnologia moderna. O sofrimento do povo depois contato com os brancos é explicado pelo mito. A saúde é uma preocupação, o ‘povo do pajé’ depende das práticas dele. Os ‘crentes’ dependem diretamente de Deus, por assistir os cultos três vezes na semana.

Os Karitiana conceituam contrastes entre o Céu e Terra, a Floresta, a aldeia e a cultura. A cultura, representada pela aldeia e a vida dentro dela, tem a ordem de normas sociais e segurança, enquanto a floresta é o lugar de violência e incerteza. Os roçados, estando no meio, representam a cultura amansando a natureza. Rachel Landin, referindo-se aos estudos de Lévi-Strauss (1969) e Bastien (1979), aceita que a mitologia de um povo reflete tanto certos padrões cognitivos universais da humanidade quanto responde às normas e estrutura social daquele povo.

Uma história conta o relacionamento do homem com o fogo, que pode ser mestre ou servo. O Menino Fogo, Ohey, matou um jovem curioso no roçado e, por vergonha, se afastou da humanidade, mas deixou uma canção que os Karitiana cantam cada ano para chamar o fogo para fazer a coivara e limpar uma nova roça. Os indígenas acendem o fogo à beira do roçado, mas esperam que o Menino Fogo queime todos os troncos e os destroços da mata para facilitar uma boa plantação. O fogo é um tipo de mediador entre a natureza violenta e a incerteza de subsistência para o homem do um lado e a horticultura no outro lado, que providencia comida de uma maneira regular. Assim, o fogo descontrolado serve aos homens conforme a canção e ritual. O controle do fogo reflete a preocupação com o perigo de fogo na estação da seca na aldeia e de as palhas não queimarem. A aldeia representa a cultura que aprendeu dominar e controlar o fogo para cozinhar etc.

A segunda história conta sobre as consequências de um marido não acreditar em sua esposa. A esposa na estória avisou a aldeia sobre um ataque de inimigos. Para ridicularizar a mulher, o homem preparou uma cesta para os inimigos levarem sua cabeça. À noite, os inimigos atacaram enquanto outros habitantes fugiram e eram salvos. O homem que ridiculizou a mulher foi morto e a sua cabeça levada na cesta que ele mesmo preparou. Do sangue dele nascem os pássaros “oky”. A lição é que o homem deve respeitar a mulher. O homem que não acredita na palavra dela, e acusa-a de adultério, depois dorme e perde a vida. Ela e os outros que acreditam nela são salvos.

Os Karitiana chamam-se “nós” e todos são considerados “parentela”. As pessoas alheias, os outros índios e estrangeiros, são “Opok” da natureza e, potencialmente, violentos e inimigos. Socialmente, violência é, por exemplo, bater na mulher dentro da aldeia ou em ambiente de culto. Isso é condenado. Uma esposa deve cumprir seus deveres para com o marido e ser fiel. Relacionamentos, sexo lícito etc., realizam-se na aldeia, o que acontece fora da aldeia é ilícito. Os homens devem se comportar observando as normas, a ordem da cultura dentro da aldeia, porém fora, no mato, podem tornar-se violentos como os alheios e inimigos. O mato é também o lugar da caça incerta. As forças descontroladas com injustiça, violência, guerra e fogo são da floresta, lá fora. A ordem e as normas regem a sociedade dentro da aldeia.

A terceira história é de um homem que, por não conseguir uma esposa, ama sexualmente uma árvore. O vizinho, representando a sociedade, coloca pimenta na árvore que toma efeito no corpo do amante e esse foge para a floresta, por vergonha. A lição é que a sociedade requer um comportamento apropriado de todos. Não é aceito ter relações de afeto e carinho com a mata, a natureza fora. O contraste entre a natureza e a aldeia culta é absoluto. O comportamento dentro da sociedade e fora é diferente.

A quarta história trata do contraste entre o céu e a terra. Faltou a chuva e a plantação de um homem secou. O homem e seu companheiro ascenderam ao Céu e encontraram a um Ser que os deu algumas plantas novas, ensinou-os a defecar e ter sexo corretamente. Os homens que obedeceram, sobreviveram, voltaram para a terra e plantaram a roça de novo.

O universo dos Karitiana é divido entre o Céu e a terra. A terra é divida entre “nós”, os Karitiana, a aldeia, a cultura com normas de conduta, e fora, a natureza de mato, violência, caça, guerras e perigos de inimigos. O céu é um lugar de seres aéticos com atributos contrários, bons e maus. Representam os dois aspectos da terra, o de ordem e cultura e o de desordem da natureza e da mata. Eles fornecem os meios para manter a cultura, as maneiras de viver na aldeia e as plantas para sustentar a vida e amansar a floresta, mas, ao mesmo tempo, são violentos e ambíguos para com os homens e com a natureza fora da aldeia.

Comentário: A FUNAI tem dificultado a presença de missionários evangélicos na aldeia. David e Rachel Landin (SIL) residiram entre os Karitiana de 1972 até 1983, fizeram analise linguística, escreveram um dicionário, produziram diversos estudos sobre a língua e traduziram a metade do Novo Testamento. Foram proibidos entrar na aldeia e completaram o trabalho em Porto Velho. Alan e Lucilia Vogel continuaram na aldeia 1985-86 e foram também expulsos pela FUNAI. David e Rosa Campbell fizeram duas visitas em 1995-96, mas não eram permitidos permanecer e o programa foi fechado por SIL (Jore 2004). Nos anos depois Paulo e Flávia Botrell da JMN da CBB e diversos obreiros do JOCUM tiveram contato com o povo. JOCUM tem um projeto de piscicultura com os Karitiana. Global Recording oferece de graça um CD em Karitiana as Boas Novas, que contem a história de Gênesis e Jesus. Os Karitiana têm uma grande necessidade de ensino bíblico na língua materna. Luciana Storto, uma linguista secular estudou a língua karitiana e pretende continuar, revisando o dicionário. Ela também foi expulsa da aldeia em 2004 (Jore 2004).

Os Karitiana identificam seu criador Botyj com o Deus cristão. Deus verdadeiro, o Criador, se revela na natureza e na história(Rom. 1:20ss; Atos 14:15,17; 17:23-29). Um conhecimento parcial é possível (Rom 1:21; At.14:17; 17:27, Heb. 7:1), mas é rejeitado. Porém sem a revelação verbal concedida ao Israel e por Jesus este conhecimento torna-se mesclado em conceitos de divindades humanos e animais (idolatria) pela rebelião (Rom 1:21), seguindo seus próprios caminhos (At. 14:16) com coisas vãs (v15), e ignorância (At. 17:23). A mensagem bíblica faz o conhecimento esclarecido e acessível pela fé pessoal (Rom 1:16). Os termos de Deus, como elohim e theos, usados pelos pagãos, eram transformados pela revelação especial com um novo conteúdo do verdadeiro Deus. Os profetas e Paulo usaram a identidade da divindade, mas rejeitaram o entendimento errado dando um conteúdo bíblico. Rejeitaram a idolatria, não porque pensavam que os ouvintes cressem que os objetos físicos eram deidades, mas porque esta crença não dar um conteúdo do caráter de Deus verdadeiro e que creiam que pudessem manipular o deus pelos ritual e sacrifícios oferecidos ao ídolo. O conceito do caráter de Deus era errado, identificando o criador com a criação (Rom. 1:23, At. 14:11; 17:25). O ponto de contato é o ‘deus desconhecido’ (At.14:17; 17:23).

O Karitiana identificam o Byjyty com Javé pela estrutura bíblica de conhecimento primeval do Criador, queda, revelação geral torcida, a necessidade da Bíblia e chamado do evangelho para voltar ao conhecimento original. As festas podem ser modificadas com uma nova interpretação cristã e assim manter a continuidade com a identidade étnica, a cultura transformada com continuidade e redenção. Para conseguir esta transformação e transmiti-la para outras gerações precisam-se a tradição da Bíblia e ensino no uso da mesma.

Em uma das igrejas a falta da Bíblia na língua materna resultou em um pastor ensinando suas revelações que vem diretamente de Deus. A maioria dos evangélicos esperam uma tradução completa da Bíblia. Os índios visitam a Igreja Batista da Nova Jerusalém em Porto Velho e o pastor estimava que ele entendem somente um terço das mensagens (Joge 2004).

Bibliografia:

  • BASTIEN, Joseph W. 1979: Mountain of the Condor: metaphor and ritual in an Andean ayilu, American Ethnology Society Monograph 64.
  • DAI/AMTB 2010, ‘Relatório 2010-Etnia Indígenas do Brasil’, Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos –instituto.antropos.com.br.
  • JORE, Ben, 2004, ‘A Sociolinguistic Survey of the Karitiana Language’, Brasília: SIL Brasil Language Survey.
  • LANDIN, Rachel M., 1989 ‘Kinship and naming among the Karitiana of nortwestern Brazil’, Thesis (M.A.)–University of Texas at Arlington, Graduate Institute of Applied Linguistics Library.
  • LANDIN, Rachel M.: “Nature and Culture in Four Karitiana Legends” in Five Amazonian Studies: on world view and cultural change, William R. Merrifield (redator) Dalla, TX: The International Museum of Cultures.
  • LÉVI-STRAUS: Claude 1969: The raw and the cooked: introduction to the science of mythology: 1 New York: Harper and Row.
  • SIL 2009, Lewis, M. Paul (ed.), Ethnologue: Languages of the World, Sixteenth edition. Dallas, Tex.: SIL International. Online version: www.ethnologue.com..
  • STORTO, Luciana e VELDEN,Felipe Ferreira Vander, 2005, ‘Karitiâna’, Povos Indígenas do Brasil, Instituto Socioambiental, São Paulo, SP.