Papovô

David J. Phillips

Autodenominação:

Outros Nomes: Papovo.

População: 200 (DAI/AMTB 2010). Isolados do Riozinho/Envira. Um grupo entre quatro povos isolados identificados pela FUNAI são conhecidos como ‘isolados do Humaita’, ‘isolados do Riozinho’, isolados do Xinane’ que são agricultores e provavelmente da língua linguística Pano. O quarto povo são nômades Mashco Piro vindo do Peru.

Localização: No Acre na T. I. Riozinho do Alto Envira, de 260.972 ha. na fronteira com o Peru, entre o rio Santa Rosa, afluente da margem esquerda do rio Purus e o rio Envira, homologada com 101 Ashaninka e Isolados (IBGE 2010).

Língua: Sem informação, possivelmente da família Pano.

História: Há um ano, sete homens quase nus, com cabelos cortados à tigelinha e que tentavam uma aproximação com índios Ashaninka na terra indígena do Acre, na fronteira do Peru com o Brasil. Eles faziam parte da etnia Sapanahua, que até aquele momento tinha escolhido viver de forma isolada, no meio da floresta, mas procurava ajuda para fugir de pistoleiros peruanos que atacaram seu povo. A FPERE (Frente de Proteção Etnoambiental Rio Envira) pensa que os três povos isolados que vivem no Paralelo de 10 degraus Sul (a fronteira) são de línguas da família Pano. Há três conjuntos de malocas, situados nas cabeceiras do rio Humaitá, no alto Riozinho e no alto igarapé Xinane. Os primeiros dois têm presença permanente no território brasileiros há décadas.

Um quarto povo, os Mashco-Piro passa o verão em território brasileiro. A FPERE mantem duas bases de vigilância (na foz do igarapé Xinane, no rio Envira, e na foz do rio D’Ouro, no alto rio Tarauacá), tem procurado garantir proteção a esses povos por meio da vigilância dos limites dessas terras. Possivelmente confundidos com madeireiros ou invasores, membros da FPERE foram alvo de ataques recentes a flechadas, mais uma indicação do crescente trânsito dos isolados recém-chegados ao lado brasileiro. (Socioambiental noticias).

Estilo da Vida: Três dos povos isolados são agricultores. Os ‘isolados do Riozinho’ vivem em três conjuntos de malocas nas cabeceiras dos igarapés Riozinho, Furnanha e Jaminauá, afluentes da margem direita do alto rio Envira a cerca de três quilômetros da fronteira Brasil-Peru. Sua maloca são de forma circular (Boletim informativo Julho 2014 Número 4).

Sociedade: Estimativo 150 indivíduos.

Artesanato:

Religião: Sem informações.

Cosmovisão:

Comentário:

Bibliografia:

  • DAI/AMTB 2010, ‘Relatório 2010 – Etnias Indígenas do Brasil’, Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos –instituto.antropos.com.br/
  • BOLETIM informativo 4, Julho 2014, NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL DA AMAZÔNIA
  • Projeto Mapeamento Social como Instrumento de Gestão Territorial contra o desmatamento e a devastação, 04 povos-indígenas-isolados.pdf, acesso 4 de novembro de 2015.
  • HEMMING, John, 2003, Die If You Must – Brazilian Indians in the Twentieth Century, London; Pan Macmillan.
  • Observatório Dinâmicas Fronteiras http://www.observatoriodafronteira.org.br/index