David J. Phillips
Autodenominação: Xakriabá.
Outros nomes: Xacriabá, Xikriabá (DAI/AMTB 2010), Chakriaba, Chikriaba, Shacriaba (SIL).
População: 7.665 (DAI/AMTB 2010). Em 2003 havia 6.442 indivíduos , 3.361 homens e 3.081 mulheres e o crescimento médio de 3,0% ao ano (Pena 2009.54). 9.196 (ISA 2010).
Locação: No município de São João das Missões, Minas Gerais. Vivem em duas Terras Indígenas (Pena 2009.54).
T. I. Xakriabá de 46.415 ha sudoeste de Manga, às margens do rio Itacarambi, homologa e registrada no CRI e SPU em 1987 com 5.438 índios.
T. I. Xakriabá Rancharia de 6.798 ha contígua com a outra e a rodovia BR135, delimitada em 1999, homologada e registrada em 2003 com 896 Xakriabá.
Domicilio Indígena Riachão/Luiza do Vale de 9.709 ha registrado CRI. com 3 indivíduos.
Outros vivem em São Paulo, SP (Silva 2002.48).
Língua: A língua Xakriabá não é falada mais, falam português (DAI/AMTB 2010). A língua era identificada da família linguística Macro-Jê e um dialeto da língua Akwen (PIB 2006). ‘Entretanto, a única coisa que restou desta língua foram algumas palavras dispersas usadas no dia-a-dia e nos rituais. Por volta dos anos cinquenta, eles foram proibidos de usarem até as poucas palavras no momento das suas cerimonias (Silva 2002.46). A liderança está pesquisando a língua Xakriabá, juntamente com os mais velhos da aldeia e com outras etnias.Porém, a língua ”praticamente se perdeu, restando apenas algumas palavras utilizadas em rituais. Em meu trabalho como missionário, estive com uma família Xakriabá, em uma aldeia Xerente, lá conheci o indígena Somõri, homem que preserva todos os rituais antigos e lingua falada dessa etnia, se considera um dos últimos conhecedores dos ritos e linga” (Ângelo Márcio Florentino de Souza <pr_angelo_souza@hotmail.com>).
História: Os Xakriabá são da família étnica dos Akwén dos Jé com os Xavante nos Rios Tocantins, Araguaia e das Mortes; os Xerente nas margens do rio Tocantins e eles mesmos do rio São Francisco (Silva 2002. 47). No passado os Xakriabá habitavam uma área maior no vale do Rio Tocantins. Eram chamadas Acroás e Coroás na Bahia e Gamela no Piauí. O bandeirante Matia Cardoso de Almeida os atacaram. Depois chegaram os missionários católicos que concentraram os índios em aldeias para poder catequizá-los e obrigá-los falar português. Na época das capitanias a margem esquerda do Rio São Francisco era na capitania de Pernambuco e por isso parte da missão jesuítica. Os escravos africanos se relacionaram com os índios e hoje os Xakriabá são uma mistura de índio e negro. A origem de São João das Missões era quando uma imagem de santo foi encontrado pelos índios e levada para uma igreja, mas ela voltou por si mesma para o local onde foi encontrada. Os Jesuítas resolveram construir uma capela no local e foi chamada São João.
Os Xakriabá se concentraram entre no século XVIII na divisão d’águas entre o rio São Francisco e o rio Tocantins em um área atualmente a região sudeste do Estado do Tocantins. Sob a pressão dos invasores mudaram paulatinamente para a localização que hoje habitam. Africanos fugiram para viver entre eles. Com as secas do Nordeste, baianos em busca de terras novas, foram recebidos como parceiros no cultivo. A miscigenação com negros foi promovido pelos padres capuchinhos da Missão de São João, como um passo para integrá-los na sociedade nacional (Silva 2002.46).
O filho do bandeirante, Januário Cardoso de Almeida, doou território aos Xakriabá para que ficassem para trabalhar para ele. Ele registraram a terra nos cartórios, porém com a Lei de Terras em 1850 a terra foi devolvida ao governo, e esta lei ficou em vigor até 1940. Uma nova lei continuou a situação, porque os índios não possuíam o documento de registro de compra. Em 1978 a FUNAI começou a identificar a terra Xakriabá e no processo três lídres indígenas foram assassinados por grileiros mandados por um dos fazendeiros.
‘Classificados como “índios aculturados do Nordeste”, sua identidade étnica foi, e ainda é, ignorada por muitos, inclusive por órgãos governamentais, como o SPI que durante suas atividades nunca deu assistência a este povo. Trazem o estigma de “caboclos”, “aculturados”, “miscigenados” e já foram considerados por alguns como extintos’ (Silva 2002.45). Devido ao alto nível de miscigenação e a preocupação dos estudiosos com o ‘índio puro’ eram ignorados, inclusive pelo SPI. Visto de fora são confundidos com regionais, porém mantêm sua identidade indígena.
Estilo de Vida: Antigamente eram caçadores coletores, mas eram forçados de adotar a agricultura devido à pressão dos colonizadores e sendo aldeados para trabalhar na fazendas em redor. O território se localiza às margens do Rio Itacarmbi na margens esquerda do rio São Francisco. É de cerrado mas há frutos silvestres para coletar e ainda animais para caçar. Porém a caça sem controle tem diminuído muitos especies e a criação de gado aumentou o desmatamento. Há afluentes temporários, mas as chuvas têm diminuídas nos últimos anos (PIB 2006).
Vivem em 27 aldeias e 25 povoados no sertão mineiro ou sanfranciscano no norte de Minas Gerais. As aldeias mais influentes são Sumaré e o Brejo do Mata Fome, onde vive o cacique e está a da base da Funai (Silva 2002.47. Silva lista os nomes de 23 aldeias). Moram em grupos de famílias nucleares ou com a ‘ajuntamento’ de parentes da família extensa ou vizinhos que trabalham juntos na agricultura ou a criação de gado. As aldeias consistem de casas espalhadas e afastadas uma das outras, ligadas entre si apenas por trilhas estreitas. As casa são construídas de adobe e cobertas com telhas de barro fabricadas por eles próprios. Em 202 a FUNAI construiu banheiros. Somente o Brejo do Mata Fome tem energia elétrica e água encanada, comércio, clínica e capela católica. Sumaré conta também com energia elétrica e um posto médico (Silva 2002.47).
Os ajuntamentos de parentes ajudam especialmente com a coivara e plantio. O plantio vareia conforme solo, nas áreas secas são plantados feijão, batata doce e gergelim ou sésamo. Nas áreas mas irrigadas: feijão das águas, alho, arroz, banana, cana, cará, cebola, mamão, mamona, milho e tabaco. A cana de açúcar é processada em rapadura em engenhos comunitários para ser vendida para obter café, cigarros, roupas, sal, etc. Quase todas as famílias têm um cavalo para transporte (PIB 2006).
Os famílias trocam os produtos agrícolas por dinheiro ou mercadoria. Dos homens 45% trabalham na agricultura e na pecuária. Alguns trabalham nas fazendas ou em serviço domestico ou no serviço da Prefeitura Municipal. A renda per capita por domicílio em 1987 era 57% no salário mínimo, mas a renda está distribuída desigual entre a população (Pena 2009.53). Uma barragem foi construída rio acima para regularizar a vasão do Rio Itacarambi e armazenar sete milhões de metros cúbicos de água para beneficiar a população de São João das Missões em 1988 e recebeu recuperação mais recentemente. A liderança está tentando aumentar seu território.
Artesanato:
Sociedade: No passado como os demais Akwen, os Xavante e Xerente, os Xakriabá viviam nos campos com uma sociedade dividida em metades e clãs e as aldeias organizadas com as casas dos clãs em um círculo conforme o padrão solar. O contato com a sociedade nacional tornou impossível a continuação da organização tradicional da sociedade. O casamento preferido é entre primos, e entre membros da mesma família ou aldeia, porém os padres opõem isso com multas. Há uma tendencia de novos casais morar junto com a família da mulher pelo primeiro ano. Hoje a família nuclear tem a liberdade de escolher um lugar para sua casa e roça, e o primeiro ano é o tempo para derrubar a nova roça e construir a casa par o novo casal.
Somente os homens derruba e faz a coivara, mas as mulheres podem ajudar na limpeza da terra. Uma família extensa forma uma ‘união’ para brocar as roças comunais, mas cada família nuclear tem sua parcela. O ‘ajuntamento’ é uma forma de cooperação para acelerar o trabalho produtivo em tempos de crise.
Os lídres das aldeias forma um Conselho de Representantes que resolve conflitos internos e representa a população for dos limites da Terra Indígena. Há Conselhos Locais de Saúde estabelecidos pela FUNASA (Pena 2009). As escolas tiveram 2.127 alunos em 2003, dois terços do índios de 40 anos ou mais receberam educação formal (Pena 2009.54). 50% das mortes de jovens entre 15 e 49 anos são por causa de violência ou suicídio (Pena 2009.56). O número de mortes infantis era mais baixo de que outras etnias (Pena 2009.57).
Religião: A maioria (92.4%) se consideram católicos mas conciliam isso com a crença em Yayá. Os líderes políticos devem crer na cosmologia e o herói Yayá, porque a política é ligada à religião (Pena 2009). Outros são membros da Igreja Universal do Reino de Deus e das Assembleias de Deus, que renegam a fé em Yayá.
‘Já os Xacriabá possuem categorias de liderança religiosa bem definidas, tanto formalmente reconhecidas como informalmente atuantes entre o povo. A figura principal é o pajé, que trata-se de um xamã com poderes de mediação entre o povo e Yayá, a principal entidade. Ele é profundo conhecedor “da ciência de Yayá”, ou seja, de todo sistema religioso Xacriabá que gira em torno daquela entidade. Mantendo um relacionamento próximo com Yayá, o pajé possui capacidade de acalmá-la quando está irada e esse poder de comunicação com ela é que lhe dá autoridade perante o povo. É responsável pela convocação das reuniões e pela condução de todos os rituais, sendo o único autorizado a tocar no bastão sagrado. É também conhecedor de plantas medicinais devendo preparar remédios naturais quando procurado (Silva 2008.61-62).’
‘O pajé é visto como benfeitor e não há uma categoria sócio religiosa de malfeitor. Porém, qualquer pessoa que praticar algum ritual contra outro membro da comunidade será visto como feiticeiro, passando a ser evitado ou punido. Uma segunda categoria é da madrinha de terreiro. Essa funciona como uma auxiliar do pajé, acompanhando-o durante os rituais. É responsável pelo posicionamento dos participantes no terreiro, bem como pela apresentação dos novos membros da comunidade, aceitos nas reuniões. Além da madrinha, tem ainda a mestra de terreiro, responsável pela guarda do material usado durante os rituais, bem como pela limpeza do local sagrado (Silva 2008.61-62).’
‘Mas, pelo menos outras duas categorias são informalmente reconhecidas pela comunidade. Alguns anciões são especialistas em rezas, tanto para sanar problemas de saúde como para proteger pessoas de maledicências. Esses são reconhecidos como “rezadores”. Por fim, tem os “raizeiros” e “curandeiros”, especialistas na manipulação de ervas medicinais com invocações de santos e Yayá para cura de doenças (Silva 2008.61-62).’
‘Seu principal ritual é o toré, que envolve cantorias e danças. É realizado com frequência, sempre à noite, porém sem datas predeterminadas, sendo por isto necessárias convocações. A participação de estranhos é proibida, pois Yayá, sua principal entidade, não se manifesta nesse caso. Também são excluídos os que se casam com “brancos”, pois Yayá gosta apenas daqueles que têm o seu sangue. Somente os membros aceitos como efetivos podem participar’ (Silva 2002.49; 2008.61-62).
‘É realizado no terreiro, o qual se trata de um local em forma de círculo, com chão batido e limpo. Fica próximo a uma gruta – caverna ou pedreira onde vive Yayá – e o acesso é difícil, não havendo trilhas abertas nem indicações da direção.
Ao chegar no terreiro, os participantes são orientados quanto à posição que devem ocupar, sendo que todos já devem estar vestidos de branco e descalços. Antes de iniciar as danças, é preparada uma bebida chamada jurema, que possui efeito alucinógeno. Ao começar, o pajé retira das pedras o bastão sagrado e o coloca num canto do terreiro. Esse bastão é de madeira, de tamanho médio, fabricado por um antepassado distante e pode ser tocado apenas pelo pajé, pois se outra pessoa tocá-lo morrerá imediatamente. Fica guardado na pedreira, sendo retirado dali somente para o toré (Silva 2008.61-62).’
‘Segundo crêem, num determinado momento o bastão começa a se movimentar sozinho, emitindo fumaça pelas extremidades, formando uma cruz de fumaça que nem todos conseguem ver. Por fim, pára sobre a grande tigela sagrada. Essa tigela faz parte do conjunto de objetos sagrados, juntamente com o bastão e as pequenas tigelas, chamados de “tralha”. A jurema é distribuída entre os participantes nas tigelas pequenas e logo após dá-se a manifestação de Yayá em caráter de oráculo, trazendo respostas aos participantes, avisos, orientações e repreensões, não apenas pessoais, mas também comunitárias(Silva 2008.11).’ Participantes do Toré são exclusivamente os ‘do sangue de Yayá’, os considerados verdadeiros Xakriabá e não os que se casam com membros da sociedade nacional (Silva 2002.48).
A morte de um parente interrompa as dança Yayá por um mês. O luto para uma criança é reduzido a sete dias. Os mortos são enterrados na frente ou nos fundos das casas ou nos cemitérios. O túmulo é coberto de um pálio com uma cruz à cabeça, para proteger dos animais (Pena 2009.55).
Cosmologia: As crenças dos Xakriabá são sincretistas. Os mito da moça-onça Yayá envolve o tempo da colonização quando era difícil caçar e os índios dependiam em invadir os currais e matar gado dos fazendeiros para comer carne. Yayá não tolera posseiros brancos na terra ‘dela’. Mostra sua presença por assobiar. Quando ela é zangada só o pajé que conhece a sua língua pode acalmá-la. As decisões importantes da comunidade são feitas depois ela falar (PIB 2006).
Cácio Silva explica: ‘Yayá e as “tralhas” são heranças do antigo animismo Xacriabá. O terreiro e sua madrinha, roupas brancas e pés descalços, são elementos herdados do animismo afro-brasileiro através do candomblé – a principal miscigenação Xacriabá se deu através de casamentos com negros fugitivos de senzalas. E a cruz de fumaça é uma herança do catolicismo – os capuchinhos catequizaram os Xacriabá no século XIX. A religiosidade Xacriabá é, portanto, o resultado de três fontes religiosas: animismo indígena, animismo africano e catolicismo popular. Para Rodrigão, ex-cacique Xacriabá, falecido há pouco tempo, o toré é o meio que eles têm de tomar as decisões certas como povo e de se precaver contra as ameaças externas. Ele atribuía a Yayá a retomada das terras e a prosperidade do povo'(Silva 2008).
Para qualquer decisão que precisam tomar como comunidade, invocam a orientação de Yayá. Quando algum líder precisa viajar, primeiro busca direção de Yayá e a família pode acompanhar a sua viagem através da entidade. Yayá é, portanto, uma entidade protetora e orientadora do povo. Praticando o toré eles se sentem seguros enquanto comunidade indígena, que desconfia de quase tudo que vem de fora. No nível dos significados, há uma sensação de segurança e proteção, e no nível da função social, há um mecanismo inibidor de mistura racial, contribuindo para a preservação étnica. Essa compreensão fará muita diferença no momento da apresentação do evangelho a esse povo (Silva 2008.110, 133).
‘Uma pergunta inicial seria, quem é Yayá? Há um mito, que poderíamos chamar de fundante, sobre essa entidade:
Uma índia Xacriabá e sua filha estavam passeando. A mãe disse: estou com fome e com vontade de comer carne. A filha respondeu: eu vou lá. Vou matar uma vaca. Quando eu voltar correndo com a boca aberta, coloque este ramo na minha boca. A moça sumiu e logo depois uma onça pulou em cima de uma novilha e a matou. Voltou correndo com a boca aberta para a mulher. A mulher teve medo e correu. A onça era a moça e nunca mais voltou a ser moça. Ela se escondia de dia e de noite saía e ia aos currais dos fazendeiros matar vacas. Os fazendeiros um dia entregaram o ferro de marcar o gado e a onça cabocla não comia mais o seu gado (Silva 2008.108-110).’
Dona é outra entidade que se encarrega da preservação dos olhos d’água Ela tem uma enorme mão para agarra e afogar todos aqueles que sujam sua morada. Crêem ainda na existência do Bicho-homem, que vive nas matas e tem o corpo coberto de pelos. Também o Homem-pé-e-garrafa que anda nas trilhas da aldeia, e deixa seu rastro de um único pé, em forma de garrafa (Silva 2002.51).
Comentário: A Missão Mão Amiga ligada às Assembleias de Deus Ministério Belem trabalha entre os ribeirinhos e os Xakriabá com oficinas de costura e consulta médicas.
Bibliografia:
- DAI/AMTB 2010, ‘Relatório 2010-Etnias Indígenas do Brasil’, Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos –instituto.antropos.com.br.
- HEMMING, John, 1995, Amazon Frontier; The Defeat of the Brazilian Indians, London: Pan Macmillan.
- HEMMING, John, 2003, Die if You Must: Brazilian Indians in the Twentieth Century, London: Panmacmillan.
- PENA, João Pena, Heller Leo, Dias Júnior, Cláudio Santiago, 2009, ‘A população Xakriabá, Minas Gerais: aspectos demográficos, políticos, sociais e econômicos’ in Revista Brasileira de Estudos da População, Vol 26, no. 1, São Paulo junho 2009, http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982009000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
- PIB, 2006, Equipe da edição da Enciclopédia dos Índios do Brasil, Xakriabá, Povos Indígenas do Brasil, Instituto Socioambiental, São Paulo. pib.socioambiental.org/pt/povo/xakriabá.
- SIL 2013, Lewis, M. Paul, Gary F. Simons, e Charles D. Fennig (eds.). 2013. Ethnologue: Languages of the World, Seventeenth edition. Dallas, Texas: SIL International. Online version: www.ethnologue.com.
- SILVA, Cácio Evangelista, 2002, ‘Minas Indígena:Levantamento Sociocultural e Possibilidades de Abordagens Missionárias nos Grupos Indígenas de Minas Gerais’, Viçosa, MG, Dissertação apresentada ao Programa Pos-Graduação da Escola de Missões Transculturais do Centro Evangélico de Missões, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Missiologia.
- SILVA, Cácio Evangelista, 2008, Fenomenologia da Religião – compreendendo as ideias religiosas a partir das suas manifestações, Anapólis, GO: Transcultural Editora e Livraria Ltda.