Sabanê — Anunsu

David J. Phillips

Autodenominação: Anunsu.

Outros Nomes: Sabonês, Nambikiwara-Sabanê (DAI/AMTB 2010).

População: 180 (DAI/AMTB 2010). Um grupo dos Nambikiwara setentrional

Localização: Mato Grosso, Rondônia. Na Terra Indígena Pirineus de Souza no oeste do Mato Grosso, de 28.212 ha, com seis grupos de Nambikwara inclusive os Sabanê, total 278 (IBGE 2010).

Língua: Sabanê, português. As outras línguas Nambikiwara são mais conservadas do que a Sabanê, que tem apenas 40 falantes ou 20 (Marcelo Fiorini citado Miller 2008). A família linguística Nambikwara pode ser dividida em três grupos, Sabanê, Nambiquara do norte e Nambiquara do sul. Sabanê é Nambiquara do norte. A atitude do uso da língua é positiva, 10% sabem ler na língua. Um dicionário e uma gramatica completados em 1992 (SIL).

História: Quando ouro foi descoberto no rio Coxipó em 1719, que nasce na Chapada dos Guimarães para ser um afluente do rio Cuiabá, os Portugueses eram atraídos à região. Os primeiros contatos com os índios eram no rio Cabixi no extremo sul da Rondônia, afluente do rio Guaporé e eram chamados ‘Cabixi’, mas provavelmente eram os Sabanê, que habitavam o extremo norte do território Nambiquara. O termo ‘Cabixi’ era usado na época para designar os grupos conhecidos hoje como Nambiquara (Miller 2008). Os Sabanê habitavam o extremo norte do território Nambiquara, ao norte do rio Iquê. Sofreram severamente pela epidemias derivado do contato. A maioria dos sobreviventes vivem na Terra Indígena Pyremeus de Souza com os Nambikwara Mamaindê e algumas família mudaram-se para a cidade de Vilhena, Rondônia (Miller 2008).

Estilo da Vida: Os Sabanê vivem junto com os Mamaindê no Posto Indígena Capitão Pedro. Os Namibkwara vivem nas cabeceiras dos rios onde a navegação é impedida e as aldeias são situadas no cerrado. As casas dos grupos do norte eram cônicas. As roças estão na floresta mais baixa. Uma aldeia costuma mudar, em média, a cada 10 ou 12 anos, por esta razão as roças podem ser duas ou três horas de caminhada da aldeia. Cada família costuma construir um abrigo ou tapiri na roça.

Sociedade: Os grupos dos Nambikwara são definidos conforme onde nascem e o critério da patrilinearidade.

Artesanato:

Religião: Os Nambikwara confeccionam flautas que são guardas em uma casa no terreiro da aldeia ou no mato, sempre fora da vista das mulheres. Os Mamaindê guardam suas flautas no mato depois de contato com os brancos. Os mortos são enterrados nas aldeias, e as aldeias abandonadas são consideradas os lugares dos ancestrais.

Cosmovisão:

Comentário: Alguns são cristão. Menno e Barbara Kroeker e Ivan e Margaret Lowe trabalharam na língua (SIL).

Bibliografia:

  • DAI/AMTB 2010, ‘Relatório 2010 – Etnias Indígenas do Brasil’, Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos –instituto.antropos.com.br/
  • HEMMING, John, 2003, Die If You Must – Brazilian Indians in the Twentieth Century, London; Pan Macmillan.
  • MILLER, Joana, 2008, ‘Nambikwara’, Povos Indígenas do Brasil, Instituto Socioambiental, São Paulo. pib.socioambiental.org/pt/povo/nambikiwara/
  • SIL 2014, Lewis, M. Paul, Gary F. Simons, and Charles D. Fennig (eds.). 2014. Ethnologue: Languages of the World, Seventeenth edition. Dallas, Texas: SIL International. Online version: http://www.ethnologue.com