David J. Phillips
Autodenominação: O povo se autodenominaIkeng, que refere a uma vespa raivosa ou o marimbondo. Usam as larvas da vespa para friccionar a pele no ritual guerreiro. Talvez seja o nome de um ancestral (Menget 2003). Ikpeng significa ‘nós’ e ‘povo’ ou ‘gente’ (Hemming 2003.162).
Outros Nomes: Chicão, Tonore, Tunuli, Txikân, Txikão ou Tchicão (SIL). Txikão significa ‘povo hostil’ no Tupi (Hemming 2003.162).
População: 342 (DAI/AMTB 2010), 459 (Unifesp, 2010), 320 (ISA 2002), 315 em 2003 (Manget 2003).
Localização: Parque Indígena do Xingu, MT e a T. I. Ikpeng está em fase de identificação.
Língua: Ikpeng. Da família linguística Karib do norte, semelhante à Arara do Pará (SIL), tem afinidade com Apiaká do Tocantins e Yaruma (Menget 2003). Falam também português. Os Ikpeng são ativos com Projeto Mawo em recuperar sua língua e desenvolveram um escrito próprio para a língua.
História: Os Ikpeng era um povo misterioso ao sudoeste na cabeceiras do rio Xingu, conhecido só por sua violência contra os outros indígenas. Os Ikpeng viviam nas região das cabeceiras dos formadores do Rio Xingu ainda no início do século XX, e estavam em guerra constante com seus vizinhos indígenas. Encaravam a guerra como meio para renovar sua população por incorporar dos inimigos na sua sociedade. Eles possuem semelhanças linguísticas e culturais aos Yaruma, Apiaká e Arara do Pará indicando que eram reunidos antigamente e depois se separaram. Conforme os mitos aliavam-se aos Txipaya e apesar de ser amigos mantinham presos um grupo destes, que ensinavam lhes a cestaria, a tecelagem do algodão e outras técnicas. Também aprenderam diversos rituais e cantos deles.
Mais tarde os Ikpeng habitavam as margens do Rio Iriri. Depois deslocaram se para o oeste nas margens do Rio Tapajós. Nos meados do século XIX provavelmente viviam nas confluências dos Rios Verde, Teles Pires e Juruena e aguerriam contra os Apiaká. Os conflitos causaram mudanças constantes das suas aldeias (Manget 2003).
Pouco antes de 1900 os Ikpeng atravessaram ao leste a Serra Formosa, a divisa das águas entre as bacias dos Rios Teles Pires (São Manuel)-Juruena e o Alto Rio Xingu, para escapar o avanço da colonização no Rio Teles Pires. Ficaram nos Rios Jatobá e Batovi uns 200 km, linha reta, ao leste e viviam em doze aldeias. Encontraram com inimigos, entre os quais os Bakairi, que viviam vestidos como brancos, tinham quilombolas entre eles, e criaram gado. Os Ikpeng atacaram os povos ao sul: Os Waurá, Nahukwá e Mehinako. Atacaram e mataram doze dos Nahukwá em 1942 e mais quatro em 1944. Depois avançaram contra os Mehinaku, que mudaram suas aldeias para evitar a agressão (Hemming 2003.163). Durante as chuvas de 1952 eles capturaram duas jovens Waurá, que levaram o vírus da gripe. Os Waurá atacaram de represália com armas de fogo e mataram 12 Ikpeng. A população Ikpeng perdeu a metade da sua população (Manget 2003).
Em 1964 os Villas Boas identificaram a aldeia Txilão por um sobrevoo, jogaram presentes para o chão e pousaram o avião no leito seco do rio. Um grupo de trinta homens dos índios avançou com arco e flecha prontos enquanto a expedição se aproximou. Depois alguns momentos enquanto os índios dançaram agitados, eles ofereceram seus arcos e flechas ou os jogaram no chão. Mas um ameaçou Orlando com um bastão. Oito mulheres se aproximaram, as crianças chorando, e receberam machados, potes de alumínio e fósforos (Hemming 2003.165). Um segundo contato de três dias foi realizado meses depois, e os visitantes descobriram os Txilão doentes, devido a proximidade de garimpeiros. Ainda em 1964 os irmãos Villas Boas fizeram uma viagem no Rio Batovi, seguindo uma trilha dos Ikpeng, que eram ainda conhecidos como Txikão. Eles levaram cinco índios que falavam cinco línguas diferentes, porque não sabiam qual língua os Ikpeng falassem. Depois três horas de avanço cauteloso, eles surpreenderam a aldeia Txikão ao meio dia quando todos estavam descansando. Um velho acordou e com seus gritos levantou toda a aldeia. Os Ikpeng aceitaram os presentes e a expedição retirou.
Alguns meses depois os Villas Boas voltaram, mas esta vez os índios desconfiaram inicialmente dos visitantes, pois estavam doentes e subnutridos, devido às doenças levadas pelos garimpeiros próximos à aldeia (Hemming 2003.163). Mais e mais os não indígenas avançaram em redor deles. Os Ikpeng aceitaram a transferência para o Parque Indígena do Xingu em 1967, onde receberam alimento e assistência de saúde. Porém a recepção deles pelas outras etnias não era amistosa devido às memorias das guerras antigas (Manget 2003).
Nos anos 70 fizeram uma aldeia própria nas proximidades do Posto Leonardo Villas Boas, perto da convergência dos Rios Kuluene e Tatuari ou Tuaturai (Manget 2003). O Posto foi construído em 1954, com a ajuda de um Kayabi chamado Sabido, em um barranco alto dando para um planície e a floresta baixa com trilhas que levavam para as aldeias dos Ikpeng e outros (Hemming 2003.156). Mas esta mudança não deu certo e mudaram-se de novo para o médio Xingu na aldeia Moyngo. Em 1985 foi criado um outro Posto que é atualmente administrado pelos Ikpeng (Manget 2003). O atendimento médico é pela escola médica da Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP).
Nem todos os antropólogos e outros que trabalharam para o bem dos indígenas apoiaram a mudança das etnias fora dos seus territórios para transferi-los para o Parque do Xingu. Alguns encarou a prática como um tipo de ‘limpeza étnica’ que liberava os territórios originais das etnias para a colonização branca. No Parque muitos índios se concentraram em redor do Posto em dependência, mas isso era porque a assistência médica dada pela Escola de São Paulo era necessária para sua sobrevivência. O grande ganho é que a paz no Parque cria as condições para o crescimento da população. Porém os Panará, Kayabi, Tapayuna e os Ikpeng falam em voltar para suas terras (Hemming 2003.173, 430, 643).
Em 2002 os Ikpeng organizaram uma expedição ao seu antigo território no Rio Jatobá para buscar plantas medicinais e materiais para confeccionar brincos. Também uma família Ikpeng é responsável pelo Posto de Vigilância Ronuro no Rio Jatobá (Manget 2003). Os Ikpeng se consideram os ‘exilados’ do Parque do Xingu. O chefe Araka sempre leva seu arco e as flechas, porque considera o povo em guerra em busca do território originário às margens do rio Jatobá, que eles chamado Roro Walu. Eles reivindicam 270 hectares, 30% dos quais já estão cultivados por lavouras de grão e soja.
Querem voltar para o Rio Jatobá. David Rodgers, o antropólogo do grupo de identificação da Terra fala de quatro itens considerados essenciais para a cultura Ikpeng. O morit, uma espécie de taquara usada para cortar cabelo em cerimônias; o ragop, uma planta usada como medicamento; o próprio ikpeng, ou marimbondo, usado em rituais de iniciação; e o rapiu, uma concha de caramujo usada para adereços. Também há túmulos que têm importância pelo povo (Roberto Almeida OESP, Nacional, p. A6 26/12/2010).
Os Ikpeng têm sua Associação Indígena Moygu Comunidade Ikpeng (AIMCI) e um site no internet. A AIMCI está promovendo a coleção de dados da cultura e a língua. Em abril de 2011, a Associação Ikpeng assinou um termo de cooperação com o Museu do Índio para participar do Projeto de Documentação de Línguas e Culturas – PRODOCLIN que visa preservar o patrimônio cultural linguístico dos povos indígenas e a promover o seu acesso a todos. Este projeto tem dois jovens Ikpeng como pesquisadores e já produziu estórias tradicionais (AIMCI). Inaugurou a Casa da Cultura Ikeng, uma grande maloca.
Estilo da Vida: A aldeia Ikpeng consiste de uma praça (lua) com uma casa sem paredes (mungnie) acessível a todos para conversar, beber e confeccionar o artesanato. Também é o lugar para os preparativos das cerimonias. As danças seguem um curso elíptico entre o centro da mungnie e em redor de cada casa na periferia da praça. As casas domesticas (mima) são ovaloide em planta, cobertas de palha até o chão.Postos de um metro de altura marcam a posição da periferia e três estacas estão fincadas no meio e uma cumeeira amarrada em cima. Varas curvadas são colocadas fixas aos postos e amarradas à cumeeira, estas suportam ripas horizontais e a palha do telhado é segurada nas ripas. Duas outras varas curvadas suportadas no centro do chão e amarradas nas extremidades da cumeeira saem do telhado para formar duas ‘cifres’ em cima.
Sociedade: Os Ikpeng fazem o contraste entre ‘nós’ (txmana) e os não-ikpeng (uros). Depois o grupo doméstico que mora na mesma casa de diversas famílias nucleares. A aldeia tem um gwepru ou ugume (cacique) que é líder em projetos com uma conversa no mingye. O oempagetkeni ou sábio ensina e conta os mitos e o jeito de viver. A aldeia sempre tem vários werem ou chefes das casas. Mas os Ikpeng praticam tanto a poliginia como a poliandria. Um bom trabalhador é quem conhece construir mima (casa familial) sozinho e bater timbó. As mulheres trabalham juntos na colheita e prepara a mandioca. Os homens do mesmos grupo caçam ou trabalham juntos e as mulheres do grupo colhem da roças e preparam beiju, etc, juntas. O nível menor é o ‘fogo’ que consiste das pessoas da família nuclear de casal e filhos e os outros cônjuges do casal. Não há a noção de linhagem, porque a mulher gravida recebe muitos homens para ‘alimentar’ o crescimento do embrião (Manget 2003). Valorizam muito a escola e têm o maior número de matriculados.
Artesanato: O site da AIMCI vende filmes e CDs sobre os Ikpeng.
Religião: Os pajés se comunicam com os espíritos da natureza, e canta as músicas dos espíritos. Cada animal tem seu próprio espírito, por exemplo a abelhinha Pangmontixi tem um espírito que se chama Tirintiri.
A maior festa é da iniciação do meninos, chamada Moyngo. Os pais dos meninos são os donos da festa. Consiste de muitas danças seguidas por uma caçada pelos pais dos meninos. Depois de um mês a chegada dos caçadores é avisado e são recebidos por mais danças e a música de flautas. A carne da caça, especialmente de macacos, é moqueada e levada em um cesto grande. Os caçadores acampam próximos à aldeia e as mulheres levam beiju para os caçadores e trazem a carne à aldeia para cozinhar. Os meninos cobram o coro da caça com uma resina e colam penas de aves sobre tudo. Eles entram a aldeia anoitecer e bebem um mingau. Cada pai dança segurando a mão do seu menino, e na outra mão leva uma tocha. Os meninos recebem uma tatuagem no rosto. Os Ikpeng adotaram muitos costumes dos outros alto Xinguanos (Troncarelli 2002).
Todos os Ikpeng têm muitos nomes (imon) e há um ritual, orengo eganoptovo ou a ‘recitação de nomes’. Os nomes são escolhidos pelos parentes de entre os nomes dos antepassados mortos, e assim mantêm os relacionamentos com os ancestrais. Os nomes são dados ao longo da vida, mas são poucos usados no cotidiano. Ao mesmo tempo recebem apelidos usados no dia a dia (Manget 2003).
Cosmovisão: Os Ikpeng creem que a morte é provocada pela feitiçaria dos inimigos, então a guerra é necessária para vingar os mortos e os prisioneiros são substitutos dos mortos. A feitiçaria pode se lançada diretamente ou pela doenças por pessoas ou grupos próximos à aldeia, e assim grupos que são completamente inocentes podem ser atacados. A mal vontade existe somente entre os inimigos. Os prisoneiros são bem tratados, recebem um nome ikpeng e são adotados por uma família (Menget 2003).
Os Ikpeng têm muitos mitos sobre a origem das coisas como por exemplo: Kantawo Mïrang – Origem da música, da guerra, do Karo e da doença. Kururiku Mïrang – Origem dos alimentos. Tawa Mïrang – Origem do timbó. Rere Mïrang – Origem do dente e seres vivos. Kawo Enmepnoptowo, kawo anumkutponpïn – a Origem do dia e como o sol foi levado para cima. Onon Mïrang – origem do fogo, Anat Mïran, a origem do milho (AIMCI).
Um mito conta que antigamente o céu era muito baixo e só existia noite, e por isso existia o tempo mas sem suas divisões. As primeiras cinco pessoas Mawo, Ringkawo, Yawugaprumit, Keretket e Yetxigo deram nomes a todas as coisas. Yetxigo deu os nomes ao céu, à terra e às arvores, o acúmulo das folhas caídas transformou a terra. Nasceram Akgru que deu o fogo para os Ikpeng e as gêmeos Pomtanom, que deram origem ao dia, à noite, ao sol e à lua. Também dividiram as horas e levaram o céu para o alto, onde está atualmente, porque o sol era muito quente e queimava a pele. E com passar de tempo, nasceu Kururiku, que deu origem ao milho e a todos os alimentos para a sociedade Ikpeng. Depois nasceu Kuyupare que se transformou no pajé Imere, que criou a chuva, os rios, os lagos, os córregos e dividiu o tempo em muitas partes, formando calendário tradicional do povo Ikpeng (AIMCI).
Comentário: Os obreiros da SIL trabalham com este povo.
A questão do território tradicional, suficiente para sustentar o estilo da vida e com sua associações ancestrais é importantíssima para todos os indígenas e os Ikpeng estão procurando meios para voltar à sua terra. Esta questão do direito do usufruto de uma porção da terra com seu recursos para cada etnia é central nos planos de Deus junto com a reconciliação por Cristo no evangelho (Atos 17:26). Os Ikpeng entre muitas etnias luta pelo seu território. A criação tanto dos animais terrestres com os homens dá direitos de subsistir da vegetação da terra, que implica no acesso e na liberdade de trabalhar em coletar, lavrar e acolheitar (Gen 1:29-30). O castigo da desobediência é a dureza da lavora (Gen 3:17). Começaram logo o pastoralismo e a agricultura (Gen 4:2). As promessas dadas a Abraão providenciam um povo com uma terra vinculados (Gen 12:1-3) e são prometidos por meio dele também para todas as etnias – famílias extensas ou clãs (mishpahim Gen 12:3; 28:1-4) e nações da terra (goyim Gen 18:18; 22:18; 26:4). A primeira e última ocasiões dando as promessas usam a palavra adama que refere especificamente ao solo. A benção (barak) das promessas será para aqueles que reconhecem e obedecem o Deus de Abraão como ele o obedeceu.
A lei dada no Sinai secura na sociedade Israelita um sistema decentralizado de unidades de família (beth ab) e cada uma com sua porção de terra para sua subsistência. O terreno agrícola é distribuído de ‘acordo com seus clãs’ (Num 33:54). O culto e sistema social cananeu (toda a terra pertencia ao rei) contrariou não somente a supremacia de Javé e nega que Ele ser dono da terra (Lev 25:23), e por isso sua doação aos Israelitas. Veja o argumento de C. J. H. Wright: God’s People in God’s Land, Grand Rapids: Wm B. Eerdmans 1990). ‘A intenção original da terra de Israel seria distribuída da maneira mais ampla através a totalidade do sistema de parentela’ (C. H. J. Wright: The Mission of God, Nottingham: IVP, 2006, pag. 291. No Brasil: A Missão do Povo de Deus, Edições Vida Nova 2012). O testemunho dos profetas acusou a latifundiária da corte e seu funcionários em empobrecer o povo por juntar heranças de família em estancias grandes (Amós 2:6s; Is 5:8).
A questão é se esta aplicação das promessas se aplicar hoje em dia? Paulo escreve que as promessas são cumpridas no evangelho pelo herdeiro Jesus Cristo em dar a benção de Abraão de justificação e adoção dos gentios cristãos a ser filhos de Abraão (Gal 3:8-4:5). Há mais? As leis da aliança que Deus a Israel são uma paradigma para o Cristão. O jubileu (Lev 25) protegeu a distribuição da terra como herança de cada família, e evitou a acumulação da terra nas mãos de poucos ricos. Ele cumpre o princípio da criação que o homem é criado a ser o representante de Deus e ser mordomo do recursos da terra. Jesus ensinou que os discípulos que são humildes (praus – meigo) dependentes de Deus receberão a terra por herança (Mat 5:5). Ele cita Sl.37:9 – Os que esperam no SENHOR . . e estabelece a esperança que Deus provará justiça neste sentido. Os filhos de Deus herdarão a terra (Rom 4:13; 8:22). É a benção de Deus para os que confiantes nEle, e sem violência (praus) buscam seus direitos. Deus requere a distribuição equitativa dos recursos da terra, especialmente a terra produtiva para sustentar a vida.
A Bíblia ensina a ‘restauração’ do padrão de famílias ou clãs tendo o uso e a responsabilidade por sua própria terra (Wright 2006.296). Não é reivindicação de uma novidade, mas a afirmação de um direito primordial dado pelo Criador. Portanto a Bíblia apoia os direitos territoriais dos indígenas. A Bíblia é a favor a viabilidade e subsistência de tais famílias ou clãs para trabalhar aquele terreno conforme seus modos de viver. É advogacia de direitos básicos fundamentados na criação e em fé no Criador e não uma mensagem de ‘prosperidade’ porém de responsabilidade de trabalhar na terra. Toda etnia indígena têm um direito se sustentar e manter sua identidade na sua terra conforme seu modo de viver (roçar. caçar e pescar, etc.). Paulo pregou isso como fundamento ao evangelho (Atos 14:17; 17:26), apresentando o Deus que salva. O reconhecimento deste direito envolve a fé no Criador conforme a benção básica de Abraão, a justificação de suas dúvidas (v 3) do poder de Deus para providenciar suas promessas (Gen 15:1-6). O evangelho não é salvar apenas ‘almas’, mas fazer discípulos de Cristo, praticando a justiça como Cristo ensinou (Mt 28:19) tanto como indivíduos como membros das suas etnias nas suas culturas.
Bibliografia:
- AIMCI, Associação Indígena Moygu Comunidade Ikpeng, www.ikpeng.org/projetos/base_dados.php, acessado 26 de Julho 2012.
- DAI/AMTB 2010, ‘Relatório 2010 – Etnias Indígenas do Brasil’, Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos –instituto.antropos.com.br
- HEMMING, John, 2003, Die If You Must – Brazilian Indians in the Twentieth Century, London; Pan Macmillan.
- MENGET, Patrick, 2003, ‘Ikeng’, Povos Indígenas do Brasil, Instituto Socioambiental, São Paulo. pib.socioambiental.org/pt/povo/íkpeng
- SIL 2009, Lewis, M. Paul (ed), Ethnologue: Languages of the World, Sixteenth Edition. Dallas, Tex: SIL International. Versão on line: www.ethnologue.com
- TRONCARELLI, Maria Cristina, 2002. ‘A festa Moyngo’, ‘Ikeng’, Povos Indígenas do Brasil, Instituto Socioambiental, São Paulo. pib.socioambiental.org/pt/povo/íkpeng