David J. Phillips
Autodenominação: Iny, ou seja, “nós” (Lima Filho 1999).
Outros nomes: Ynã, Carajá, Chamboiá ou Xambioá. Carajá ou Karajá vem do Tupi e provavelmente significa ‘macaco grande’, usado pelos brancos desde do século XVI em outras formas, e na sua forma atual no século XIX. Os Karajá, Javaé e Xamboiá são três povos relacionados por língua e cultura. Os Karajá moram em oito aldeias. Os Javaé que se chamam Karajá do Meio (o meio do rio), moram em oito aldeias. Os Xamboiá se chamam Karajá de Baixo (rio abaixo) ou do Norte e moram em duas aldeias. Xambioá significa ‘pássaro veloz'(O número das aldeias vareia conforme a fonte).
População: ISA: Karajá 3.000 Javaé 1.450 em 2009. FUNASA: Xamboiá (Karajá do Norte) 269 (2006). ISA: 3,600 (1999), 919 Javaé (2000? ISA).
Instituto Antropos (2008): Karajá 2.500, incluindo Javaé 919; Xamboiá 188. MNTB: 1.900 Karajá com 352 na aldeia de Macaúba.
Localização: Nas margens do Rio Araguaia de Aruanã, MT, até Santa Maria das Barreira, PA, e na Ilha do Bananal, Estado do Tocantins, que é formada pelo rio Araguaia a oeste e o rio Javaés, o Braço Menor do Araguaia, que é um paraná saindo do rio Araguaia em cima da ilha e reunido ao Araguaia em baixo. A Ilha é divida no sentido norte-sul pelo rio Riozinho e seu afluente o rio Jaburu, que formam a divisa entre os território dos Javaé a leste e ao longo o rio Javaés, e os Karajá a oeste e alongo o rio Araguaia.
Vivem em doze Terra Indígenas: T. I. Maranduba, T. I. Karajá de Aruanã I,II,III, T. I. Araguaia (I. Bananal), T. I. Karajá Santanta do Araguaia, T. I. São Domingos, T. I. Tapirapé/Karajá, T. I. Lago Grande, T. I. Utaria Wyhyna/Iròdu Iràna, T. I. Inãwébohon, T. I. Cacique Fontoura.
Os Karajá do Norte vivem na T. I. Xamboiá.
Língua: Karará, com dialetos: Javaé e Xamboia, que se entendem. Uma das línguas Macro-Ge. Alfabetismo: em português 70%. Uma gramática e diversos livros didáticos existem na língua karajá. A tradução do Novo Testamento foi publicada em 1983 (SIL). “Se divide em três línguas: Karajá, Javaé e Xambioá. Cada uma delas tem formas diferenciadas de falar de acordo com o gênero do falante. Apesar destas diferenças, todos se entendem” (MNTB 2010).
História: No passado os Karajá estiveram em guerra para guardar seu território dos Kayapó, Xikrin, Xerente, Avá-canoeiros e Tapirapé e as vezes com os Bororo e Apinayé. Os jesuítas tiveram contato com os Karajá do Norte no rio Araguaia em 1658. Os bandeirantes de São Paulo penetraram a região no século XVIII. No século XX sua aldeias eram visitadas por Getúlio Vargas (1940) e Juscelino Kubitschek (1960), e por muitos antropólogos e turistas.
Hoje a Ilha do Bananal tem uma população de 3.000 com 12 aldeias, e goza poucas das vantagens da vida moderna, mas tem fazendas de gado. Um decreto do Ministério da Justiça em 4 de Novembro 2010 declarou que a Terra Indígena de Wyhyna Utara/Iròdu Iran, Puim, Tocantins seja a possessão permanente dos Karajá e Javaé. A Terra é ligada às T. I. Inawébohona e Parque do Araguaia completando que toda a área da Ilha do Bananal seja para a ocupação indígena.
Os direitos de ter educação bilíngue e manter as línguas indígenas eram promulgados por um Ato Presidencial em 1966, porém a realidade é que o português é a língua usada ainda nas as escolas públicas. Entretanto há alguns projetos particulares e SIL começou o Programa de Treinamento Bicultural Bilínque Karajá na comunidade de Macaúba em 1971. A FUNAI seguiu com projetos entre os Karajá, Kaingang, Xavante e Guajajara. SIL tem trabalhado na língua desde 1950 e quatro cadernos de leitura, três de matemática e um livro da saúde, usando estórias e conceitos karajá, eram preparados (Alford 1987.408). No princípio os professores visitaram as aldeias. Cursos pré-escolares acostumaram as crianças aos métodos de estudo. Escolas foram estabelecidas com crianças de seis ou sete anos com um curso de três anos, 2.5 a 4 horas diários. Depois de desenvolver a habilidade de ler na sua língua os alunos usam um livro de transição para o português (Alford 1987.504). Professores karajá, um de cada clã, foram treinados por três meses em 1972 e 1975. O método e matéria de instrução precisam de ser contextualizados.
Os Karajá estão sendo explorados por ser contratados para procurar peixe e tartaruga em troca de cachaça. A toca é completamente injusta e tem resultado em alcoolismo grave (SEJUP 1998).
O projeto Hidrovia Tocantins-Araguaia envolve transformar o rio Araguaia para facilitar o transito de comboios de barcas na exportação de soja. O plano é levar a soja do Centro-Oeste do Brasil até Xamboiá e Marabá com conexão ao transporte para o exterior. O projeto envolve trabalhos de engenheira de grande escala no rio para garantir um calado de 1.5 m. durante todo o ano entre Barra do Garças, Mato Grosso e Marabá do Tocantins, Pará. Envolve a dragarem de milhões de metros cúbicos do leito, em 50 lugares, estragando o meio ambiente. Portos serão construídos em dez cidades no percurso do rio. Os lideres Karajá tomaram uma posição de oposição ao projeto em dezembro 1997, dizendo que eles não criam gado nem cultivam soya e por isso o projeto não os beneficiará (EDF 1997).
Estilo da Vida: O território do povo estende nas duas margens ao longo do rio Araguaia, inclusive a Ilha do Bananal. As suas 29 aldeias estão situadas perto dos lagos e afluentes do Araguaia e no rio Javaé e na ilha do Bananal. Os Karajá são formados pela comunidade de Aruanã com uma população de 70 pessoas, pelas aldeias de Fontoura, Macacúba, Santa Isabel do Morro e São Raimundo no oeste da Ilha do Bananal e outra aldeias no rio Tapirapé e rio abaixo no Araguaia.
Cada comunidade tem sua terra para a pesca e caça, designada pela mitologia e as cerimonias e reconhecida pelas outras aldeias. As comunidades se sustentam pela pesca e por alguns animais pela caça. Durante a seca quando as águas estão baixas os Karajá mudam para acampar em lugares favoráveis para a pesca e a procura das tartarugas e seus ovos nas praias. A pesca é a atividade mais importante dos Karajá. Um pirarucu pode alimentar uma aldeia inteira. Com a chegada das chuvas eles voltaram para as aldeias nos barrancos mais altos fora das águas. As aldeias são o centro da sua vida com as atividades domestica, a cultivação das roças e estar perto dos cemitérios.
As roças estão situadas na floresta ciliar, ou mata de galeria, ao lado dos rios, devido a muito serrado e savanas inundáveis, chamados “varjão”, no território. Cultivam milho, mandioca, batata doce, melancia, inhame, amendoim e feijão. As mulheres são responsáveis pela coleta da roças e pela preparação da comida. Elas educam as crianças até os meninos são prontos para sua iniciação e as avós organizam os casamentos. Fazem as pinturas corporais e fabricam as figuras cerâmicas. Os homens são responsáveis pelo território, pelos roçados, pela construção das casas e pela pesca. Eles são também envolvidos com a política interna da comunidade e do povo e as relações com a sociedade de fora.
Artesanato: Os Karajá possuem uma rica habilidade pela cultura material. A cestaria é feita pelos homens e as mulheres; é decorada com desenhos elaborados inspirados pelos animais. Tecem algodão e fabricam enfeites plumárias grandes das penas compridas da arara, jaburu (nome em Mato Grosso do tuiuiú ou jabiru) e do colhereiro-americano (Platalea ajaja). Estes adornos são usados nas cerimônias, especialmente na iniciação dos rapazes. Somente as mulheres fazem a cerâmica, fabricando vasos e pratos e especialmente as figuras humanas e animais, que são muito procuradas e formam uma oportunidade de comércio com os turistas. Fabricam mascaras de palha e outros artefatos de madeira, pedras, casca de arvores e cabaças. As mulheres especializam na pintura corporal.
Sociedade: A aldeia é a unidade social básica governada pelas decisões dos homens das famílias estendidas. Disputas para o poder são comuns. Um homem é eleito ‘chefe’ para tratar as relações com a FUNAI, o governo estadual, antropólogos e organizações não governamentais.
A família é o ponto referencial para os Karajá. O casamento ideal é arranjado pelas avós ou simplesmente pelo rapaz indo para a casa da moça, assim é matrilocal. Os Karajá censuram o divórcio. O adultério é castigado pelos genros da esposa perante toda a aldeia. A mulher mais velha é líder da casa. Quando a família torna-se numerosa de mais os casais jovens podem construir outra casa própria ao lado. Com o nascimento do primeiro filho os pais não usam mais seus próprios nomes e são chamados pai ou mãe do recém-nascido; o bebe é pintado de urucum. Durante os primeiros anos a criança fica a maior parte do tempo com a mãe e as avós. A separação dos meninos começa com as duas iniciações aos cinco e oito ou dez anos.
Com a assimulação à sociedade nacional muitos dos jovens estão resistentes conformar com as tradições e seguir as tentativas de alguns adultos restaurar os costumes antigos. Os índios encaram as vantagens da vida moderna como uma ‘troca’ dos brancos reciprocando algo para as coisas dos portuguese aprenderam do índios. As circunstancias os obrigam adotar uma atitude de ‘Nem isolação, nem integração’, e viver com as duas culturas, promovendo os rituais antigos ao lado das vida moderna, a sua tecnologia, TV e filmes, a edução e o serviço médico.
Religião: Na vida ritual do povo os homens são associados com os mortos, que vivem no céu; as mulheres expressam a memoria da comunidade por gemidos de uma forma especial quando alguém está doente ou morre. Elas também preparam a comida para as festas. Elas fazem também a pintura corporal que vareia conforme o sexo, idade; os desenhos nos rostos, mãos e pés representam animais.
Os meninos Karajá têm sua primeira iniciação com cinco anos quando o lábio inferior é furado para receber um adorno. A Festa da Casa Grande (Hetohoky) é a segunda iniciação do meninos de 8 a 10 anos. Visitantes de outras aldeias vêm para assistir. Os homens dançam imitando animais e fazem luta livre. À noite jogam um jogo especial; os anfitriões lutam com os visitantes, segurando um tronco em pé enquanto os visitantes tentam derrubar o tronco. Os iniciantes estão pintados de tinta preta para representar o mutum e ficam isolados por sete dias numa casa ritual chamada de Casa Grande. Depois são chamados de jyre (ariranha). As moças depois da primeira menstruação ficam isoladas por algum tempo e depois são enfeitada com pituras e penas para dançar com os homens em homenagem da divindade Aruanã.
A Festa de Aruanã é uma celebração dos estações do ano, especialmente a subida do rio Araguaia na época das chuvas e sua descida de novo. Aruanã é o deus da alegria e protetor dos Karajás (sem associação com a tartaruga verde e um peixe da Ásia do mesmo nome). Também realizam festas da pescaria tinguijada (usando o timbó) e festa do mel. Os homens Aruanã se vestem em saias e capas de palha e chapéus altos e cônicos que cobram o rosto e ombros, também de palha.
Os Karajá enterram os mortos deitados em uma esteira em uma cova que coberta de varas para representar uma casa. Em cima da cova é colocada uma ‘cumeeira’ e uma esteira dobrada no meio para formar um telhado de duas águas, cobrindo a cova. Depois uma vara enfeitada é colocada em cima. No passado eles praticaram uma segunda sepultura no alto de um barranco onde os ossos eram colocados em um vaso cerâmico que não era enterrado (Ribeiro 2002.73, 155). Os Karajá consideram que os mortos passam a uma outra dimensão, o biu no céu, e são transformados; são sempre jovens com vida eterna, com comida abundante, em paz entre parentes e livre de pagar o dote!! (Ribeiro 2002.92.105 citando Rodrigues 1993 e 2001)
Cosmovisão: Os Karajá têm o rio Araguaia como um eixo de referência mitológica e social. O território tradicional é o foco da cultura, interpretado pelos mitos, e fornecia os meios da sua vida. Os Karajá precisam desta ‘terra’ como um essencial da sua identidade e a defenderam contra inimigos indígenas e as invasões dos brancos.
Um mito da origem do mundo diz que os ancestrais dos Karajá moravam no mundo subterrâneo ou no leito do rio Araguaia, e eram chamados o povo dos fundo das águas (berahatxi Mahadu) e viviam satisfeitos. Um dia um jovem, seguido um peixe de luz, subiu por um buraco no chão para o superfície da terra. Voltou e contou para os seus parentes as vantagens de viver em cima e eles saíram para morar na margem do rio. Depois encontraram as doenças e a morte e queriam voltar, mas acharam o buraco tampado e guardado por uma cobra, sob as ordem do chefe do povo do fundo. Então os Karajá espalharam ao longo do rio Araguaia. Assim afirmam os Karajás, que são de uma só origem, ao contrário dos Javaé, que dizem que são de diversas origens. Seu herói, Kynyxiwe, os ensinou os peixes e outras coisas de viver no rio. O povo do mundo superior, o biu, os ensinou a fazer roças.
Os Karajá compartilham com os Javaé do mesmo conceito do universo. O cosmo é dividido em três e comparado com um corpo. A cabeça ou o mundo de cima é associado ao leste e ao rio acima; é o lugar de permanecia e associado à identidade étnica, à masculinidade e à imortalidade. O mundo inferior, comparado com os pés, é associado ao oeste e ao rio abaixo, é associado à transformação, mudança, à feminilidade e à mortalidade. O mundo no meio do cosmo, onde vivem o homens, é comparado com a barriga do corpo. Por isso, sendo no meio os humanos consistem de uma mistura de corpo imortal (tykytyby) e um corpo perecível (tykytyhy). Javaé e os Karajáse chamam o Povo do Meio (ISA). Os Karajá da ponta sul da ilha e os da aldeia de Aruanã são considerados do Povo de Cima. No ritual da festa de Hetohoky a iniciação dos meninos, os homens se dividem em três para representar os três mundos e construem três casas rituais semelhantes.
Há uma correspondência entre a divisão do universo e a distribuição dos povos e sua aldeias na terra, e também nas aldeias as casa estão em linha retas paralelo ao rio e podem ser divido em três, casas do rio acima, casas do rio do meio e casas do rio abaixo.
Comentário: O Sir Kenneth Grubb, o pesquisar pioneiro da Missão do Coração da Amazônia (antigo WEC), viajou pelo interior do Brasil em 1923 e escreveu sobre os Carajá que acreditavam na vida após da morte. Seu colega, E.J. Wooton tentou alcançá-los viajando de Carolina, no rio Tocantins (TWWFJNow May- June, No. 43, Sept-Oct No. 45 1923). O céu e a vida após da morte deve ser um ponto de contato para a cosmovisão bíblica.
O trabalho entre a tribo Karajá, na aldeia Macaúba, foi iniciado em 1925 pelo missionário Josiah Wilding e o Rev. Macintyre, da Missão União Evangélica Sul Americana (Latin Link). Essa Missão começou um trabalho evangélico entre os sertanejos e tinham também o alvo de alcançar os índios Karajá. A Dra. Retty, esposa de Josiah Wilding, abriu um leprosário, a uns dois quilômetros do posto da missão. Em fevereiro de 1933, Josiah Wilding, faleceu de malária. Dra. Retty ficou em Macaúba até 1937 (MNTB 2010).
Em 1957 a Missão Novas Tribos do Brasil reiniciou um trabalho no mesmo lugar. Em 1963 a Missão Brasil-Portugal, tomou a direção de Macaúba e as Novas Tribos estabeleceu seu trabalho em Luciara (antiga Vale do Mato Verde) onde Mirthis e Ana Miller (irmã da Sofia Miller, pioneira do rio Negro) trabalharam por algum tempo. Uma Igreja Neo-Testamentária começou a surgir, mas um feiticeiro dispersou 99,9% da aldeia, queimando-lhes as casas. Em fins de 1964, Macaúba passou à direção da Missão Novas Tribos.
Em 1971 David Fortune da SIL começou a análise completa da língua karajá e completou a tradução do Novo Testamento em 1984. Porções do Velho Testamento foram traduzidas por Ijeseberi Karajá. Cartilhas em Karajá e livros de estória karajá, de estudos sociais, ciências, saúde e matemática foram produzidos. Em 1975 Wanda Aren e Almerinda Santos voltaram e ficaram trabalhando pela MNTB. Em 1975 a igreja começou a funcionar novamente contando com a presença do casal Key. Hoje na aldeia Macaúba há um grupo de crentes que se reúnem sob a liderança de quatro missionários da MNTB. (MNTB 2010).
Bibliografia:
- ALFORD, Margaret. 1987. “Developing Facilitative Reading Programmes in Third World Countries. A Culturally Relevant Programme for Teaching Reading in the Mother Tongue: The Karaja Indians of Brazil.” Journal of Multilingual and Multicultural Development 8(6):493-511.
- EDF, 1995, Environmental Defense Fund, 257 Park Avenue South, New York, NY 10010, 1997, www.edf.org/documents/2436_TocantinsSummary.pdf.
- FORTUNE, David L. and Gretchen Fortune. 1975. “Karajá men’s-women’s speech differences with social correlates.” Arquivos de Anatomia e Antropologia 1: 109-24.
- ISA, Instituto Socioambiental, São Paulo, pib.socioambiental.org/pt
- LIMA FILHO, Manuel Ferreira, 1999, www.arara.fr/BBTRIBOKARAJA.htm.
- MNTB, 2010, Missão Novas Tribos do Brasil, relatório da equipe.
- RIBEIRO, Liliane Brum, 2002, ‘Limpando Ossos e Expulsando Mortos, Estudo comparativo de Rituais funerários em Culturas Indígenas Brasileiras através de uma revisão bibliográfica, Dissertação de Mestrado de Antropologia, Centro de Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
- SEJUP , 1998, NEWS FROM BRAZIL pelo Servico Brasileiro de Justice e Paz, Número 313, Julho 16.
- SIL 2009: Lewis, M. Paul (ed.), 2009. Ethnologue: Languages of the World, Sixteenth edition. Dallas, Tex.: SIL International. www.ethnologue.com.
- TWWFJNow: The Whole World for Jesus Now, antigo Jornal da WEC (Missão Amem), Londres.