David J. Phillips
Autodenominação: Awajún.
Outros Nomes: Aguajún, Aguaruna, Ahuajún, Awajunt (SIL).
População:83.732 (BDPI). O segundo mais numeroso povo da amazônia peruviana.
Localização: Vivem no rio Marañon, e seus afluentes – rios Santiago, Nieva, Cenepa, Numpatakay e Chiriaco – no Peru setentrional, na região da fronteira com o Equador.
Língua: Awajún, é a língua mais falada entre os povos javaro. Falada na regiões de Amazonas, Cajamarca, Loreto e San Martin, no Alto oeste do rio Marañon e nos rios Cahuapanas, Mayo e Potro. 53,600 (2007 censo). Uso crescente na educação, e reconhecida na Constituição1993, Artigo 48. Ensinada nas escolas primárias, alfabetismo 60%–90%, em espanhol 50%–75%. Dicionário e Gramatica. Tradução do Novo Testamento: 1973–2005 (SIL).
História: O origino do povo Awajún é desconhecido, vindo dos Andes ou da América Central. Mas a história do pré-Inca vezes awajún está ligada à Moche, com quem temos estado em contacto desde cerca de 2000 anos atrás. Esse contato seria evidenciado pela semelhança dos mitos e Wampis awajún algumas expressões de Moche iconografia. Mais tarde, o contato entre o awajún e os incas teriam durante os governos do Inca Tupac Yupanqui e Huayna Capac. A incursão dos Incas em território awajún ter causado pesados combates entre awajún e diferentes povos andinos, porventura resistiram os tentativos de ser incorporados nos impérios Inca e espanhol.
Os espanhóis encontraram os Awajún em 1549, por duas expedições de Benavente e Diego Palomino, que resultaram com a fundação de cidades na atual província de Condorcanqui. Mas em 1600 uma revolta indígena obrigou os colonistas abandonar a região. Tentativas de missões pelos Dominicanos e os Jesuítas falharam, e em 1704 os jesuítas foram obrigados deixar a região ocupada pelos povos javaro. Depois uma segunda tentativa em 17769 os missionários foram expulsos do Peru.
Em 1925 missão Nazareno protestante entre awajún é estabelecida, e em 1949 uma missão jesuíta na Chiriaco, no distrito da província de Imaza de Bagua, região de Amazonas. Enquanto isso, o Summer Institute of Linguistics (SIL) entra awajun território em 1947. Nesta época houve um confronto entre soldados e povos do Equador cuja língua pertencia à família linguística Jivaro perto da fronteira entre Peru e Equador levou o governo peruano estabelecer vários soldades em guarnições no Alto Marañón e colonos se estabeleceram na região. Esta invasão aumentou com a descobert de petróleo no Alto Marañón e seus afluentes (BDPI).
Este povo tem uma forte influência política e organizacional. Uma ONG Cool Earth está apoiando o povo em defesa do seu território tradicional de 20.000 hectares, convidada por a aldeia de Urakuza e outras.
Estilo da Vida: Os Awajún são conhecidos como guerreiros bravos e são mais altos do que seus vizinhos. São seminômades, mudando conforme a fertilidade do solo e a disponibilidade da caça. Grupos de famílias relacionadas por nascimento ou casamento moram próximas na floresta, porém a construção de escolas, estradas, e postos de saúde, têm atraídos as famílias viver juntos em aldeias. Alguns agrupamentos chegam a ser cidades de casas tradicionais alongo a beira do rio, como Yutupiza no rio Santiago e Japaime no rio Nieva. Hoje, a mudança de lugar é limitada não somente pelo desejo de aproveitar destas instituições, mas porque as terras indígenas são cercadas por fazendas e povoações de não indígenas. Os homens caçam porco da mata, anta, viado, maracajá e onça, com espingarda e zarabatana. Outras espécies caçadas são paca, coati, tatu e ariranha. Coletam frutos e mel e diversos materiais no mato. As mulheres são responsáveis pela colheita da mandioca nas roças.
Seu conhecimento da flora e fauna da selva é muito sofisticado e estudado por etno botanistas e entozoologistas. O povo negociou um acordo com uma empresa farmacêutica norte-americana que levou para acusações de violações do seus direitos do seu patrimonial cultural e a falta de parte dos lucros. O conflito foi resolvido por negociões entre a Universidade de Washington e a OCCAAM. Produtos medicinais são vendidos. Hoje em dia os Awajún cultivam arroz, café, cocoa e banana para o comércio local e cidades no litoral.
Sociedade: Os Awajún são de uma estatura mais alta do que seus vizinhos. A família (patá) incluí todas as famílias que há um vínculo genealógico e com sanguinário. Anteriormente, o casamento era realizado preferencialmente entre awajun primos descendentes de um par de irmão e irmã. Hoje a base de casamento é mais pragmático, a conclusão da educação primário e suficiente dinheiro para sustentar uma família. Há também casamento com a irmã da esposa, as duas morando na mesma casa. Se a segunda esposa não é irmã das esposa ela mora em uma casa separada com seus filhos.
Organizaram-se em 1975 contra as invasões do seu território com a Organización Central de Comunidades Aguarunas del Alto Marañon (OCCAAM), e o Consejo Aguaruna y Huambisa (CAH), fundado em 1977 que representa também os Huambisa. Através estas organizações o povo participa nacionalmente em COICA, que representa povos da Amazônia. O povo tem vindo a participar awajún dois processos de consulta sobre o projeto Amazon Waterway e o lote de hidrocarbonetos 165 (BPDI).
Artesanato: Os homens fabricam cesteira e cordas, canoas e pano. As mulheres fazem cerâmicas e colares de sementes.
Religião: Cristão e a tradicional crença em espíritos e heróis lingados com a natureza, como o sol, a terra e os rios. Comunicação com os espíritos é por tomar alucinógenos basados em yagé (ayahuasca). Missionários evangélicos começaram seu ministério no século XX e hoje muitos Awajún são Cristão.
Cosmovisão: Para os Awajún há três mundos: o céu onde vivem Apajui (Deus Pai) que vive afastado dos afazeres humanos, as almas dos guerreiros antigos e as estrelas. Terra, onde animais, plantas e alguns seres sobrenaturais seres humanos vivem; e os muitos espíritos. Os três seres poderosos da visão de mundo awajún são Nugkui (Espírito da Terra), Etsa (espírito da floresta) e Tsuqki (espírito da água). O mundo subterrâneo habitado pela Nugkui e Tsugki nas profundezas dos rios e lagos.
Comentário: Mildred L Larsen escreveu o Vocabulario aguaruna del Amazonas (Aguaruna’s Vocabulary of the Amazon) publicado por SIL International in 1966 Diccionario aguaruna – castellano, castellano – aguaruna. Antunce S., Alejandro Paati; Jakway, Martha A.; Wipio D., Gerardo. 1996.
Bibliografia:
- BDPI-Base de Datos de Pueblos Indígenas u Originarios, Ministerio de Cultura, Perú, http://bdpi.cultura.gob.pe/pueblo/awajun,
- SIL 2015, Lewis, M. Paul, Gary F. Simons, and Charles D. Fennig (eds.). 2014. Ethnologue: Languages of the World, Eighteenth edition. Dallas, Texas: SIL International. Online version: http://www.ethnologue.com