Banawá

David J. Phillips

Autodenominação: Conhecidos também de Banawá-Yafi. O missionário Rick Reece afirma que o nome próprio comum dos Jamamadi e os Banawá é Kitiya.

Outros Nomes: Banavá-Jafi, Baniwa, Baniva, Walimanai, Wakuenai (DAI/AMTB 2010), Kitiya, Banauá.

População: 80 (DAI/AMTB 2010), 200 (SIASI/SESAI 2012), 215 (CIMI).

Localização: Terra Indígena Banawá, AM, declarada de 195.700 ha a terra firme localizada entre os rios Piranha e Purus, com 192 Banawá (FUNAI 2010). Entre os Jamamadi em sete aldeias no município de Lábrea, no rio Banawá (SIL).

Língua: Banawá, da família linguística Arawak, um dialeto de Jamamadi chamado Kitiya (Banauá, Banavá, Banawá, Banawa Yafi, Jafi). O uso da língua é vigoroso, e o povo desejam uma escola. Jamamadi: Dicionário e porções Bíblicas produzida entre 1991 e 2007, usada no cultos religiosos e português é falado. Alfabetismo em Jamamadi 60%-100% (SIL). A língua chamada também Madí. Robert M. W. Dixon, o linguista inglês, estudou a língua e publicou obras no assunto.

História: As tradições do povo falam de uma aldeia no igarapé Apituã, ao lado do rio Purus. Suas terras foram invadidas pelos seringueiros no fim do século XIX. Os Jamamadi trabalharam para um seringalista chamado Firmino e deixaram uma lata na margem de um igarapé para os Banawá tiraram copaíba e sorva. Eles mudaram e instalaram malocas em diversos lugares. O SPI recordou a presencia dos índios em 1930 na região do rio Piranhas.

A terra indígena foi declarada em maio de 1992, e a demarcação começou em 1998. Vivem pertos aos Jamamadi e a T. I. deve ser contígua à T. I. Jamamadi/Jarawara/Kanamati, mas isso não aconteceu na primeira demarcação. As áreas destinadas à preservação dos recursos naturais usados pelos Banawá ficam no extremo sul da Terra. Um novo Grupo de Trabalho da FUNAI ampliou o perímetro (Pohl 2005). Ainda sofrem as invasões de madeireiros e seringalistas.

Estilo da Vida: Os Banawá vivem na terra firme entre os rios Piranha e Purus (Pohl 2005). Seu território fica entre os rios Juruá e Purus. Na aldeia maior vivem uns 158 e em duas famílias estendidas foram dois assentimentos menores. Mas as aldeias atuais são quatro nas margens do rio Purus. A maior está localizada próxima ao alto igarapé Banawá, com duas fileiras de casas nas margens da pista de pouso. As casas são de forma regional de palafitas. No meio de um lado é a casa da liderança e no meio do outro lado é a casa dos missionários. As outras aldeias, todas nas margens do igarapé Banawá, consistem de pessoas expulsas da aldeia maior por um padrão de comportamento não aceito: Na aldeia Cachimbo moram dois irmão que bebem muito, em Apituã reside a família de um homem que matou um parente, e em Paraíba há três casas de pessoas ‘misturadas’, que se casaram com não índios (Pohl 2005).

As roças pertençam a famílias determinadas, plantadas com macaxeira, mandioca, banana, abacaxi, pupunha e cana-de-açúcar. As capoeiras das roças velhas servem para coletar os frutos e caçar os animais pequenos. Os Banawá são bons caçadores com arco e flecha e espingarda. Atraem os animais por imitar os sons que produzem. As carnes preferidas são anta e caititu. Eles pescam somente quando não encontram caça. Fazem coleta para as materiais para construção das casas e a fabricação de artefatos.

Sociedade: Vivem em quatro aldeias. Os povos Arawá têm uma tendencia de se dividir devido às acusações de feitiçaria.

As moças com a primeira menstruação ficam reclusas em uma pequena casa, e não deve ser vista por homem algum. No fim da reclusão realiza-se uma festa durante a qual a menina apanha com vara para que não pegue doenças (Pohl 2005).

Artesanato:

Religião: Cristão e tradicional. Os missionários da JOCUM e da SIL têm trabalhado entre os Banawá. Os cultos protestantes são realizados na língua Banawá com grande participação da comunidade. A pregação é por um pastor indígena ou um missionário, na forma de uma exposição da parte da Bíblia traduzida e a congregação acompanha com seu exemplares impressos. Uma parte da liturgia consiste da liderança orando pela salvação os vizinhos e das cidades conhecidas (Pohl 2005).

Os Banawá enterram seus mortos nas proximidades das aldeias e deixam ofertas de comida por alguns dias até a alma se separa do corpo. As armas do morto, flechas, zarabatana, etc. são deixadas sobre a sepultura.

Cosmovisão:

Comentário:

Bibliografia:

  • DAI/AMTB 2010, ‘Relatório 2010 – Etnias Indígenas do Brasil’, Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos –instituto.antropos.com.br.
  • POHL, Luciene, 2005, ‘Banawá’, Povos Indígenas do Brasil, Instituto Socioambiental, São Paulo. pib.socioambiental.org/pt/povo/banawa.
  • SIL 2014, Lewis, M. Paul, Gary F. Simons, and Charles D. Fennig (eds.). 2014. Ethnologue: Languages of the World, Seventeenth edition. Dallas, Texas: SIL International. Online version: www.ethnologue.com.