Kujubim

David J. Phillips

Autodenominação:

Outros Nomes: Kuyubi (DAI/AMTB 2010), Cau’tajo (CIMI). Cujubim é um município no Estado de Rondônia

População: 55 (DAI/AMTB 2010 e FUNASA 2010), 130 (CIMI), 128 (IBGE).

Localização: Rondônia em duas Terras Indígenas:

T. I. Rio Guaporé, de 115.788 ha na margem direita do rio, homologada e registrada no CRI e na SPU, com 911 indígenas (IBGE 2010) de 10 etnias e os Kujubim.

T. I. Rio Cautário, em identificação com uma população de Djeoromitxi, Kanoê e Kujubim.

Língua: Txapakura (DAI/AMTB 2010). Urupá ou Txapacura 150-250 falantes (SIL). A família linguística Txapakura ou Chapacuran é quase extinta. Existem quatro povos que falam línguas Txapakura: os Wari’, os Torá, os Moré ou Itenes e os Oro win. Os Kabixi-Txapakura em Mato Grosso são relacionados. A língua foi descoberta em 1991 (Grenoble e Whaley, Endangered Languages, CUP, 1998).

História: Eram isolados até o início do século XX e a invasão dos seringueiros. A construção da ferrovia Madeira-Mamoré, que ligava o rio Madeira com a cidade de Gurajará-Mirim, criou atrito com os indígenas da região. O SPI tentou iniciar o processo de ‘pacificação’ com os Wari’ ou Pakaas Novas e em 1956 o primeiro contato pacífico foi estabelecido pelos missionários da Missão Novas Tribos do Brasil.

Participaram no Encontro Amazônico dos Povos Indígenas Resistente, em agosto 2014 em Manaus. Reivindicaram com outros povos a demora em reconhecer as etnias e a falta de recursos da FUNAI para continuar os procedimentos de demarcação das Terras Indígenas e a carência de escolas indígenas.

Estilo da Vida: Os Kujubim vivem entre a aldeia de Sagrana, o Posto Indígena Sotério e a cidade de Guajará-Mirim (Conkin 1998).

Sociedade: A língua de comunicação diária é atualmente o português na T. I. Rio Guaporé, tendo em vista que a maioria dos jovens e a totalidade das crianças não falam a língua de seu grupo. A língua adotada para a comunicação intertribal é a Makurap durante a época da borracha, mas depois da Segunda Guerra Mundial esta foi perdendo terreno para a língua portuguesa (Braga 2011). Rodrigues disse que há apenas dois falantes do Kujubim (Rodrigues 2014).

Artesanato:

Religião: Tradicional com antropofagia de parentes falecidos.

Cosmovisão:

Comentário:

Bibliografia:

  • BRAGA, Alzerinda, CÂMARA CABRAL, Ana Suelly, RODRIGUES, Aryon Dall ‘Igna, MINDLIN, Betty, 2011, ‘Línguas Entrelaçadas: Uma Situação Sui Generis de Línguas em Contato’, PAPIA 21(2), p. 221-230, 2011. ISSN 0103-9415.
  • CONKIN, Beth, 1998, ‘Wari”, Povos Indígenas do Brasil, Instituto Socioambiental, São Paulo. http://pib.socioambiental.org/pt/povo/wari/
  • DAI/AMTB 2010, ‘Relatório 2010 – Etnias Indígenas do Brasil’, Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos –http://instituto.antropos.com.br/
  • HEMMING, John, 2003, Die If You Must – Brazilian Indians in the Twentieth Century, London; Pan Macmillan.
  • RODRIGUES, Aroyon D., 2014, ‘Endangered Languages in Brazil’, DELTA vol.30 no.spe São Paulo 2014, http://dx.doi.org/10.1590/0102-445078233462133543.
  • SIL 2015, Lewis, M. Paul, Gary F. Simons, and Charles D. Fennig (eds.). 2014. Ethnologue: Languages of the World, Eighteenth edition. Dallas, Texas: SIL International. Online version: http://www.ethnologue.com