Panará-Nasepoti

David J. Phillips

Autodenominação: Panará que significa ‘gente’ em distinção dos hi’pen (outros).

Outros Nomes: Krenhakarore, Krenakore, Krenakarore, Índios Gigantes, Kreen-akarore (DAI/AMTB 2010). São varantes do nome Kran iakarare dado pelos Kayapó, inimigos dos Panará, que significa ‘cabeça cortada redonda’ (refere-se ao corte de cabelo dos Panará). Os Kayapó falavam dos Panará de ‘índios gigantes’ para dar mais valor às suas vitórias contra eles.

População: 202 (DAI/AMTB 2010), 250 (ISA SIL), 437 (FUNASA 2010), 512 (SESAI 2012). Os Kayapó são divididos: Mebengokre e Xicrin são dos Kayapó setentrional e os Panará são o grupo meridional em Mato Grosso e no Pará.

Localização: Na Terra Indígena Panará, Mato Grosso, Pará, oficialmente de 499.740ha, homologada e registrada no CRI e SPU. (ISA). A T. I. Panará situa-se na divisa entre os Estados do Pará e de Mato Grosso, nos municípios de Guarantã (MT) e Altamira (PA) e é a porção nordeste do território tradicional do povo na região do alto rio Iriri, chamado Nesapoti ou Nacypotire em Panará (Anonby e Holbrook 2010.3). Com 502 Panará (Sesai 2012).

Língua: Panará ou Kreen Akarore é uma língua da família linguística Jê, da subfamília Jê Setentrional ou noroeste (SIL), que inclui os Kayapó, os Suyá, os Apinayé e as línguas timbira (Equipe PIB 2004). Não é um dialeto de Kayapó e é possivelmente mais semelhante a Canela, citando as observações de Nimuendaju (SIL). Uma comparação de Panará com Kanela e Kayapó indica que literaturas da duas línguas não podem ser usadas ou adaptadas facilmente para os Panará (Anonby e Holbrook 2010.5). Eles conhecem um pouco das línguas Kaiabi, Suyá e Kayapó e alguns falam uma mistura de Kayapó e Panará. Alguns aprenderam português e muitas entendem alguma coisa na língua nacional. Entretanto sua identidade étnica é forte e eles mantêm sua língua dentro da aldeia. Eles escrevem Panará, mas não há uma ortografia uniforme (Anonby e Holbrook 2010.10).

História: Acreditam-se que os Panará são descendentes da tribo ‘Kayapó do sul’ que vivia em um vasto território do norte de São Paulo, Triangulo Mineiro e do sul de Goias ao leste do Mato Grosso. Mas não são Kayapó, tendo uma cultura e uma língua diferente. No século XVIII mineiros viajando entre São Paulo e Goias passaram pelo território antigo do Kayapó do Sul. Depois da descoberta de ouro perto do rio Vermelho em Goiás em 1722 os Kayapó do Sul sofreram muitos ataques e milhares eram capturados e escravizados. Os sobreviventes dos Kayapó do Sul fugiram para o norte de Mato Grosso (Anonby e Holbrook 2010.7). Ocuparam a bacia do rio Peixoto de Azevedo no início do século XX (Equipe ISA 2004).

No início do século XX os Kayapó no Xingu fragmentaram devido aos conflitos internos. Dois chefes dos Gorotire brigaram em um duelo, e o chefe derrotado sobreviveu e liderour seu povo, os Mekragnoti, ‘Povo com as testas pintadas vermelha’, se transferir a oeste, e em 1918 chegaram no alto Iriri e no alto Curuá e assim entraram em conflito com os Paraná (Hemming 1995.387). Os Kreen Akarore ou Panará derrotaram os Mekragnoti, que tinham de mudar sua aldeia diversas vezes durante os anos 20 e 30 para evitar mais derrotas (Hemming 2003.121). Em 1968 os Mekragnoti tomaram os Panará de surpresa na sua aldeia, atirando nas casas com armas de fogo e muitos Panará morreram. Ao mesmo tempo os Mentukire Kayapó tiveram conflitos com os Panará (Hemming 2003.127, 152).

Em 1950 os irmãos Villas Boas sobreviveram um desastre de teco teco na Serra Cachimbo, nas cabeceiras do rio Iriri, e no ano seguinte a FAB estabeleceu no lugar uma estação meteorológica com uma pista de avião. Em 1961 de lá, Hemming fez uma expedição de descobertas até eles acharam o Iriri, sem avistar índios. Orlando Villas Boas tem dito que não tinha visto índios na área. Porém seu colega Mason, voltando à expedição sozinho, foi morto por índios e os Kayabi e Kayapó informaram que os assassinos eram os Kreen Akróre, os ‘índios gigantes’, autodenominam-se Panará, que todos eles temeram. Pouco tempo depois alguns destes ‘gigantes’ desconhecidos chegaram em paz com suas mulheres na pista de Cachimbo, porém a FAB reagiu com soldados armados e os índios fugiram, convencidos que todos os brancos eram inimigos (Hemming 2004.414).

O projeto original do Parque Indígena do Xingu de 1952 teria incluído o território dos Panará, mas o Parque criado em 14 abril 1961 era muito menor, excluindo as terras dos Kayabi e dos ainda desconhecidos Panará. Importantemente não incluiu as cabeceiras e afluentes do rio Xingu (Hemming 2003.170). Na época a população Panará era estimada de ser entre 350 e 600. Em 1968 os Irmãos Villas Bôas sobrevoaram e viram as plantações em padrões geométricos de círculos e linhas. Os Panará atiram flechas ao avião. Uma expedição ao rio Peixoto de Azevedo não teve sucesso em 1968, mas um resultado doi o programa de televisão: The Tribe that Hides from Man (A Tribo que se esconde da Humanidade) (Hemming 2003.418).

Em 1972 a BR-163 entre Cuiabá e Santarém estava sendo construída, com 2.000 operários e máquinas atravessando o território Panará. Os Villas Boas consideraram imperativo que os Panará não acabariam ser vítimas do ‘progresso’, montaram uma expedição no mesmo ano para entrar em contato. Mais tarde foi revelado que houve uma grande discussão entre os Panará, se aceitar os brancos como amigos ou não. Contato foi realizado em 4 de fevereiro 1973, e visitas a uma aldeia seguiram e os Villas Boas foram recebidas com uma recepção cerimonial (Hemming 2003.421). Porém uma epidemia atacou os Panará pouco antes de contato e quando a resistência dos índios ficou baixa devido as mudanças de aldeia e o abandono das plantações, por medo dos brancos. Os índios era preocupados também com as execuções dos pajés acusados de trazer as epidemias pela feiticeira e as cerimonias elaboradas de luto (Hemming 2003.424).

Com a penetração da estrada eles sofreram mais, alguns abandonaram suas plantações para receber comida dos soldados e outros pegaram gripe e outras epidemias, que reduziram a população a 80. Antes de contato a população era estimada a ser entre 425 (Hellas) a 750 (Schwartzman) em sete aldeias. Estes sofreram de malária, gripe e pneumonia. A FUNAI tentou suprir assistência médica. Os Panará negaram que aceitaram álcool e fumo ou prostituição do trabalhadores, que foi alegado na imprensa. No princípio os Villas Boas queriam uma Terra Indígena para os Paraná, mas a situação piorou e eles receberam a ordem de transferi-los para o Parque do Xingu (Hemming 2003.427).

Os sobreviventes foram transferidos para o Parque Xingu, 250 km a oeste, mas não se deram bem em morar na aldeia com os Kaiabi e depois mudaram para uma dos Kayapó e ainda para uma aldeia Suyá. Sua agricultura era mais desenvolvida do que as outras etnias do Parque, mas eles fizeram estas mudanças sem levar nenhuma muda ou maniva para continuar a plantar. Depois a última mudança a sua situação melhorou, plantaram sua roça própria e reviveram sua danças, ritos e canções e criaram uma aldeia própria em 1976. Esforçaram-se recriar sua agricultura mais diversificada. A população começou a crescer: 84 pessoas em 1980, 95 em 1982 e 135 em 1992 (Anonby e Holbrook 2010.8). A transferência dos Panará e duas outras etnias para o Parque foi criticada por ter o resultado de libertar suas terras originais para colonização, que aconteceu com a consequência as florestas foram derrubadas e os rios poluídos (Hemming 2003.173, 427).

O estágio no Parque era traumático, mas se casaram com outras etnias, especialmente os Kayapó, e adotaram muitas coisas dos Kayapó e outros. Adotaram a construção de canoas, caçar com espingardas, pescar com linha e anzol e aprenderam cultivar outras plantas. As mulheres adotaram o corte de cabelo das Suyá, franja na testa e e comprido atrás (Anonby e Holbrook 2010.8).

Em 1991, uma visita foi feita para examinar a sua terra antiga no Distrito de Peixoto de Azevedo e descobriram que todo o meio ambiente era destruído pelos garimpos e os fazendeiros. A visita começou em Matupá, uma cidade construída no lugar de uma aldeia Panará. Seis outras aldeias foram erradicadas por fazendas (Hemming 2004.430). Resolveram revindicar a área ainda sem ocupação nas cabeceiras dos rio Iriri e Ipiranga de 500 mil ha e solicitaram a demarcação da Terra em 1993. As antigas órgãos, que depois formaram o ISA, conseguiram em Brasília a posse permanente desta parte do território tradicional nos municípios de Guarantã (MT) e Altamira (PA) e seu usufruto exclusivo para os Panará (Equipe ISA 2004).

Em 1994, a FUNAI concluiu a delimitação da Terra Indígena Panará e durante 1995 e 1996 foram se mudando e formaram a aldeia de Nãs’potiti (Nesapoti) com onze casas e 75 pessoas. Os outros esperavam as roças madurecer para suportar toda a população. Receberam uma indenização de 1,2 milhões de reais (Equipe ISA 2004). A população aumentou para 250. Continuam a ter contato com os Kayapó e outros do Parque pelas visitas em Guarantã. A casa de uma família Panará que mora em Guarantã é o ponto de encontro. Os Kayapó passam por Nesapoti no caminho para a cidade e param para visitar. Três crianças estavam assistindo uma escola monolíngue em português dos Terena em União do Norte. FUNAI e ISA, e especialmente o antropólogo Stephan Schwartzman, têm influencia entre os Panará (Anonby e Holbrook 2010.8). Em 1997 compensação financeira foi paga às famílias. Mas as florestas derrubadas são substituídas por plantações de soja (Hemming 2003.432).

Estilo da Vida: Os Panará vivem em uma só aldeia de Nespoti, que fica cinco horas de viagem por caminhão da cidade de Guarantã do Norte (MT) pela BR-163. Guarantã é o centro comercial para a aldeia. Colider é a cidade mais próxima para receber assistência médica. (Guarantã do Norte (MT) tem uma população 32.940 em 2005 e fica 745 km de Cuiabá, formados de colonos do Rio Grande do Sul desde 1980. A economia baseada em 300.000 cabeças de bovinos e a produção de leiteeagoratemdoishospitais. Os Kanela e Kayapó vivem em redor do povo (Anonby e Holbrook 2010.4). A aldeia está situada em terra alta em uma curva do rio Iriri, com uma pista de avião e as plantações geométricas como antes, uma clinica, posto do FUNAI e a escola (Hemming 2003.431).

A planta da aldeia é um círculo com as casas dos quatros clãs juntos em redor do pátio com a casa dos homens no centro. Em 1999 a aldeia tinha treze casas, cada uma com um rancho sem paredes ao lado para a preparação da comida e a família comer. Nos fundos da casa é o fogão de barro (Ewart 2003). Quando primeiro contatado a construção das casas é rude e primitiva em contraste com as plantações feitas em padrões geométricos, criadas somente com machados de pedra. Os Panará dormiram em folhas de bananeira no chão e sem utensílios domésticos. (Hemming 2003.423).

Os homens Panará caçam e pescam e as mulheres cultivam as plantas. Coletem castanhas do Pará, caju, cacau, papaia e mel (Anonby e Holbrook 2010.9). Na estação das secas a comunidade divide em grupos pequenos, acampando na floresta, para caçar, pescar e colher frutas. As expedições de caça duram semanas caçando e moqueando a carne para trazer para a aldeia. Caçam anta, macacos-prego, macaco-aranha, paca, jacu, mutum com arco e flecha ou borduna (Equipe ISA 2004).

Os Panará plantam seis variedades de mandioca, quatro variedades de batata doce, milho, cinco variedades de cará, mangarito, macaxeira, abóbora, cabaça, melancia, amendoim, banana, algodão e urucum. A cultivação das plantas mais exigentes precisa da ‘terra preta’ (kupa kyan). As suas roças são plantadas para repetir de certo modo a planta da aldeia, circular com certas plantas na periferia com fileiras de bananeiras ou milho cortando o centro. Coletam mamão bravo, cupuaçu, cacau, caju, buriti, tucum, mangaba e pequi. Gostam de mel misturados com açaí (Equipe ISA 2004). Para pescar na estação da seca usam tinguijada e na época das chuvas arco e flecha.

Há meios para ganhar dinheiro na aldeia, por exemplo dirigir o trator ou pick-up, ajudar na assistência de saúde, confeccionar artesanato e projetos de coletar pequi e castanha (Anonby e Holbrook 2010.9).

Sociedade: Os Panará formam quatro clãs, as casas dos quais ocupam os mesmos lugares no círculo de casas em cada aldeia. Todo o mundo pertence ao clã da sua mãe. Os clãs são exogâmicos (Lea 1994.220). As casas são organizadas conforme os pontos cardinais e conforme o eixo lesto-oeste que representa o percurso do sol. Os nomes dos clãs são: kwakyatantera (‘os da raiz do buriti’), keatsôtantera (‘os das folhas do buriti’), kukrenôantera (‘os sem casa’) e kwôtsitantera (‘os da costela’) (Equipe ISA 2004). O individuo não é Panará sem ser membro de um clã e nascer no espaço no circulo da aldeia, e pela mesma razão não cessa de ser Panará quando ele morar fora por muito tempo (Ewart 2003).

Os pais dão o nome aos filhos e uma irmã do pai o nome aos filhas. Todos os nomes são de antepassados do clã do pai, e são do próprio pai e parentes paternos. Estes nomes são de todas as coisas da natureza e eram dados aos Panará pelos antepassados míticos (Equipe ISA 2004). O parentesco é fortemente matrilinear e as mães são mestres das suas casas sobre seus maridos, suas filhas, seus genros e os netos (Anonby e Holbrook 2010.9). As mulheres velhas têm influencia em qualquer decisão que afete a comunidade como um todo. Os homens mais velhos organizam os jovens nos trabalhos produtivos e na realização dor ritos (Equipe ISA 2004).

Os meninos moram com as mães até doze ou treze anos quando mudam para a casa dos homens. Começam a ter relações com moças e são considerados casados quando nascer o primeiro filho. O casamento é com uma mulher do clã oposto no círculo da aldeia e a residência é uxorilocal (Anonby e Holbrook 2010.9). O genro trabalha pelos sogros na roça da sogra e trazendo caça para o sogro e para sua própria mãe. Se o casamento acaba é o marido que sai da casa e pode se casar novamente quatro ou cinco vezes (Equipe ISA 2004). O homem está sempre bem vindo na casa da sua mãe, as casas do seu clã, depois casamento e residencia na casa dos sogros. Depois a morte ele está enterrado no chão no fundos das casas do seu clã. A esposa é enterrada atras a casa aonde ela nasceu e do seu clã (Ewart 2003).

Os ritos de perfuração das orelhas, do lábio inferior dos homens e de escarificação das coxas são relacionados ao crescimento do milho e do amendoim. As pinturas corporais refletem os princípios da planta da aldeia (Equipe ISA 2004).

Há uma escola bilíngue na aldeia até série quatro com cinco professores, dois dos quais são Panará (Anonby e Holbrook 2010.11).

Artesanato: Os Panará rendem dinheiro por dirigir o trator ou o ‘pickup’ e auxiliando em assistência médica. Também fabricam artesanato e gravam cânticos para uma ONG, Projeto Pequi e Projeto Castanha, projetos envolvidos come este frutos (Anonby e Holbrook 2010.9).

Religião: Uma razão porque os Panará permanecem separados são suas crenças diferentes. Eles crêem que os antepassados vivem no mundo subterrâneo e criam os animais que os mandem para a terra para os Panará caçar. A escassez de caça no Parque do Xingu era porque os mortos não mandem mais os animais fora da terra dos Panará. As corridas de toras são realizadas entre os clãs. Não há evangélicos.

Cosmovisão: A paisagem do território é a base da ordem social. Os antepassados míticos eram animais e gente Panará, que deram os nomes a todas as coisas. Da sua aldeia em baixo da terra oferecem os animais para ser caçados e oferecidos para manter boas relações entre os clãs. As estrelas representam os Panará no passado, os pequenos sendo homens e as maiores as mulheres (Equipe ISA 2004).

A guerra e a distinção entre ‘nós’ e os inimigos ou os ‘outros’ eram importante para a identidade de muitos povos indígenas (Schwartzman s.d.39). Para os Panará a guerra era formativa nos ritos de reproduzir a sua ordem social, que eles representavam. Para eles mesmos ser um Panará é impossível sem o contraste para com os ‘outros’, que inclui os mortos, e inimigos, e o método de criar esta oposição de identidade para com os inimigos era a guerra. Os Panará, como os Kayapó do Sul, encaram os Portugueses como os ‘outros’ e guerreavam contra os colonos por dois séculos. A guerra é associada com os xamãs, mas os Panará distinguem entre o xamanismo interno e a guerra. Igualmente a sociedade nacional encara os índios como ‘hostil’ e uma ameaça à integridade do Estado e precisam de ‘pacificação’. Os Panará entendem as fadas da polícia militar ser semelhante à sua pintura preta de guerreiro.

A feiticeira lançada pelos outros povos é a causa das doenças e da morte e a guerra entre xamãs e feiticeiros é necessária. Porém não é mais possível fazer guerra contras os outros povos e isso resultou no desaparecimento dos xamãs, que cria uma contradição na cosmologia (Schwartzman s.d.41).

Comentário: Stan Anonby (SIL) fez uma pesquisas sobre o uso da língua Panará entre januário 25 e fevereiro 14 em 2007. Ele achou que a língua é isolada e não era possível usar textos em Kanela ou Kayapó devido às diferenças de vocabulário. Ele observou que os Panará não fazem conexão em a vitalidade e sobrevivência da sua língua e a educação. Ele recebeu um pedido que o SIL estabelecer um projeto de desenvolvimento linguístico entre o povo.

Bibliografia:

  • ANONBY, Stan e HOLBROOK, David J. , 2010, ‘Panará / Kreen-Akarore Language Survey Report’, SIL International, www.sil.org/silesr/2010/silesr2010-002.pdf.
  • DAI/AMTB 2010, ‘Relatório 2010 – Etnias Indígenas do Brasil’, Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos –instituto.antropos.com.br.
  • EWART, Elizabeth, 2003, ‘Lines and circles: images of time in a Panara village’, Journal of the Royal Anthropological Institute, Londres: 1st. June, 2003.
  • HEMMING, John, 1995, Amazon Frontier; The Defeat of the Brazilian Indians, London: Pan Macmillan.
  • HEMMING, John, 2003, Die if You Must: Brazilian Indians in the Twentieth Century, London: Panmacmillan.
  • LEA, Vanessa, 1995, ‘The Houses of the Mēbengokre (Kayapó of Central Brazil – A new door to their social organization’ em About the House – Lévi-Strauss and beyond, Ed: Janet Carsten & Stephen Hugh-Jones, Cambridge: Cambridge University Press.
  • SIL 2009, Lewis, M. Paul (ed.), Ethnologue: Languages of the World, Sixteenth edition. Dallas, Tex.: SIL International. Online version: www.ethnologue.com..
  • SCHWARTZMAN, Stephan, sem data, ‘Warfare and Shamanism in Central Brazil: The Xingu National Park and the Panará’, http://eebweb.arizona.edu/courses/Ecol206/Schwartzman%20%26%20Zimmerman%202005%20A%20worthwhile%20alliance.pdf.