Turiwara

David J. Phillips

Autodenominação: Turiwara significa ‘aqueles do Turi’, ‘turi’ sentido desconhecido (Nimuendajú 1948.193).

Outros Nomes: Turiwára, as vezes chamado Anambé (veja perfil).

População: 60 (DAI/AMTB 2010), 30 (1995).

Localização: Pará e Amazonas na Terra Indígena Tembé de 1.075 ha de biomass Amazônia, 50 km sudoeste da cidade de Tomé Açu, homologada e registrada no CRI e na SPI, com 148 Tembé e Turiwara (IBGE 2010).

Língua: Turiwára era da tronco Tupi-Guarani, semelhante ao Ka’apor (Urubu) mas este fato não prova que os dois povos são grupos da mesma etnia (Nimuendajú 1948.195). Falam Tembé.

História: Uma tribo chamada Turiwara foi encontrada no início do século XIX no Baixo Tocantins. Os Turiwara travessaram o rio Gurupí para a margem esquerda entre 1840 e 1850, seguindo os Tembé. Em 1862 viviam em três aldeias no rio Capim: Suaçupepora com 30 habitantes, Cauaxy com 15 e Cariucaua com 60. O assassinato de um missionário pelos Amanayé causou o povo para migrar para o rio Acará e tinha uma população de 100 pessoas em 1885 (Nimuendajú 1948.193). Um funcionário do SPI recomendou a demarcação da Terra Tembé e Turiwara em 1942, mas nada foi feito. A FUNAI tentou persuadi-los mudar para a Reserva no Alto Guamá, mas a maioria ficaram para defender seu território, mas fazendas tomaram conta da terra e os índios foram forçados abandonar a área. A FUNAI aceitou a delimitação da INCRA e o território foi reduzido para dizimo da área original.

Os 60 sobreviventes é fruto de casamentos com não índios. Três anos depois ele em reunião reafirmaram sua condição indígena. Viajaram para Maranhão e ficaram por vários anos durante a década 60 nas margens do rio Grajaú, amigos dos Guajajaras da aldeia Pindaré. O funcionário da FUNAI os considerou Timbira. Os Turiwara ficaram foram da reserva Joronga, que estende do Posto Indígena do Pindaré até Ponta Alta no Igarapé Alambique. Fizeram roças de mandioca, bata-doce, arroz, amendoim, feijão, bana e coco de babaçu. Também pescaram da pesca abundante no rio Pindaré. Em 1977 foram retirados pela FUNAI, por não serem mais considerado índios. Expulsos forma para o Alto do Teteu a poucos quilômetros do Posto, onde ergueram sua casa de taipa mas tinha apenas quintais para plantar, cercados pela a expansão da cidade de Santa Inês e sofrem a hostilidade dos habitantes (Acervo ISA 21.07.1980). Informações incompletas.

Estilo da Vida: As malocas eram de forma rectangular elongada com uma cobertura de duas águas, mas sem paredes. Cultivam mandioca, algodão, urucum, e algumas frutas como bananas e laranjas. Os Turiwara eram monógamos e praticavam o couvado, o marido sente dores simpatectômicas com a mulher grávida e observava resguarde de certas comidas. Os homens caçavam, pescavam, cortaram lenha e ajudaram no preparo da farinha de mandioca (Nimuendajú 1948.194).

Sociedade: Informação não disponível.

Artesanato: As mulheres confeccionam redes e cerâmicas.

Religião: Informação não disponível.

Cosmovisão:

Comentário:

Bibliografia:

  • DAI/AMTB 2010, ‘Relatório 2010 – Etnias Indígenas do Brasil’, Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos –http://instituto.antropos.com.br/
  • EQUIPE da Enciclopédia, 2008, ‘Noticias – Turiwara’, Povos Indígenas do Brasil, Instituto Socioambiental, São Paulo. http://pib.socioambiental.org/pt/povo/turiwara/
  • HEMMING, John, 2003, Die If You Must – Brazilian Indians in the Twentieth Century, London; Pan Macmillan.
  • NIMUENDAJÚ, Curt, ‘The Turiwara and Aruã’, 1948, in Handbook of South American Indians, Vol 3, Julian H Steward (editor), Washington DC: United States Government Printing Office.
  • SIL 2015, Lewis, M. Paul, Gary F. Simons, and Charles D. Fennig (eds.). 2014. Ethnologue: Languages of the World, Eighteenth edition. Dallas, Texas: SIL International. Online version: http://www.ethnologue.com