Xocó

David J. Phillips

Autodenominação:

Outros Nomes: Choco, Xoko.

População: 364 (DAI/AMTB 2010), 400 (FUNASA 2010), 410 em 91 famílias (Wikiversidade).

Localização: Alagoas, Sergipe: Terra Indígena Caiçara/Ilha de São Pedro, SE, na margem direita do rio São Francisco, de 4.316 ha, localiza-se a 220 km de Aracaju, homologada e registrada no CRI e na SPU, com 409 Xocó (SIASI/SESAI 2013).

Língua: Português. A língua Xocó (Chocó, Shokó) é extinta e apenas algumas palavras são conhecidas. É conhecida das etnias Xocó, Kariri Xocó, e os Xukuru-Kariri. Não é claro se estes povos falavam apena uma língua ou três (SIL).

História: Em 1500 existiam entre os Tupinambá no território sergipano 30 aldeias de Tupi. As outras etnias desapareceram quando na política do Império no século XIX declarou as terras do índios como de domínio público. Sobreviveram os Xocó. Os jesuítas identificavam os Xocó habitando a ilha São Pedro no século XVI. Suas terras eram reconhecidas por Pedro Gomes, instituidor do morgado de Porto da Folha. Os capuchinhos construíram uma capela e um hospício entre eles no século seguinte. Mas a luta para possuir suas terras já começou contra colonos no tempo dos capuchinhos em 1745 e foram expulsos de lá. Durante este tempo se misturavam com escravos africanos. Só em 1979 eles retomaram a Ilha de São Pedro e instalaram sua aldeia e reivindicaram a Caiçara, que foi homologada na década 90 (Equipe 2013).

Estilo da Vida: Os Xokó vivem nas aldeias Ilha de São Pedro e Caiçara, no município de Porto da Folha, Sergipe. A maioria mora em Ilha de São Pedro. O aspecto físico é negroide e se aparecem como quilombolas. Cultivam o milho, feijão, algodão, macaxeira, coco. Criam gado, caprinos e galinhas e pescam para vender o peixe. Existem invasores na caatinga da Terra Indígena para caçar e pescar.

Sociedade: Os Xocó elegem anualmente um cacique que é responsável pela condução dos assuntos materiais e administrativos. Algumas famílias são representadas pelo Conselho Tribal.

Artesanato: As mulheres dos Xocó são bem conhecidas por fabricar a cerâmica. Os homens coletam, peneiram e transforma o barro em pó. Também confeccionam biojoias de diversas matérias da natureza para comerciar (Wikiversity).

Religião: O pajé é responsável pela conduta dos rituais; é eleito anualmente. O Ritual do Ouricurí está sendo revitalizada. Também o Toré conseguiu ser preservado. Adotaram praticas afro brasileiras como o samba de coco (Equipe 2013). Mantêm seu conhecimento de curas por meio de medicina tradicional (Wikiversity).

Cosmovisão:

Comentário:

Bibliografia:

  • DAI/AMTB 2010, ‘Relatório 2010 – Etnias Indígenas do Brasil’, Organizador: Ronaldo Lidório, Instituto Antropos –instituto.antropos.com.br/
  • EQUIPE de Edição, 2013, ‘Xokó’, Povos Indígenas do Brasil, Instituto Socioambiental, São Paulo. pib.socioambiental.org/pt/povo/xoko/
  • HEMMING, John, 2003, Die If You Must – Brazilian Indians in the Twentieth Century, London; Pan Macmillan.
  • SIL 2015, Lewis, M. Paul, Gary F. Simons, and Charles D. Fennig (eds.). 2014. Ethnologue: Languages of the World, Eighteenth edition. Dallas, Texas: SIL International. Online version: http://www.ethnologue.com
  • Wikiversity.org/wiki/Wikinativa/Xocó, accesado 5 de novembro de 2015.